As lavouras de tomate industrial em Santa Catarina enfrentam um cenário desafiador em 2024.
A combinação de condições climáticas adversas, influenciadas pelo El Niño, e a proliferação de pragas, principalmente a mosca-branca, pressionam a produtividade e exigem medidas estratégicas dos produtores, conforme a associação Tomate BR.

Praga deve influenciar na safra de tomate x2p73
A mosca-branca promete ser um dos enormes desafios dos produtores, ainda segundo a associação.
Essa é uma das pragas que causam danos diretos e significativos às plantações e facilitam a transmissão de doenças, comprometendo a qualidade e a quantidade dos frutos.

Produção deve recuar 35193q
Apesar da área de cultivo superar as expectativas, com estimativa de 19 mil hectares, a produção deve recuar para cerca de 1,7 milhão de toneladas.
Desse modo, a estimativa inicial é de que a produção de tomate industrial se aproxime dos patamares de 2022, significando uma queda em relação aos anos anteriores.

Ainda conforme a associação, produtores, com apoio técnico, estão implementando medidas para minimizar os impactos e garantir a qualidade da safra, como manejo integrado de pragas, monitoramento constante das lavouras, uso de tecnologias eficientes de irrigação.
El Niño: o que é e quais são os impactos no Brasil? 5g1j60
Conhecido como fenômeno climático que aumenta a temperatura dos oceanos, o El Niño ocorre em intervalos de cinco a sete anos, devido ao enfraquecimento dos ventos alísios — ventos secos que sopram de Leste para Oeste.

O fenômeno gera alterações climáticas no que diz respeito à temperatura e umidade no planeta e também causa grandes prejuízos à economia e ao ambiente.
“O El Niño é responsável por trazer chuvas próximas ou acima da média no Sul do Brasil, num tempo severo, que traz tempestades mais frequentes e um inverno mais frio”, explica o meteorologista Piter Scheuer.
Qual é a origem do El Niño? 5n18d
O El Niño tem a sua origem no Oceano Pacífico e não é causado por um só motivo, mas por fatores como aquecimento anormal das águas do Pacífico Central e Oriental, enfraquecimento dos ventos alísios e mudança na circulação da atmosfera.
Alguns estudos alegam que o fenômeno ocorre há mais de 500 anos e todos esses princípios têm impactos significativos ao redor do mundo, afetando o clima, as chuvas e toda a condição meteorológica.
“Quando nós temos a influência do El Niño, o Sul do Brasil tem chuvas mais volumosas, granizos, tornados, enquanto no Nordeste e Norte a seca é extrema, pois toda a umidade que está na Amazônia é evaporada através do fluxo de umidade de ar quente’’, destaca Piter.