O governo federal, por meio do Ministério da Agricultura, anunciou os valores disponíveis para o Plano Safra deste ano e para a agricultura familiar. A apresentação foi feita em dois dias pelo presidente Lula e o ministro Carlos Fávaro, sendo que nesta quarta-feira (28), o destaque foram os R$ 77 bilhões para os pequenos agricultores.

Para médio e grandes produtores, as linhas de crédito vão oferecer R$ 364 bilhões, que representa 27% a mais que no ano anterior. Os valores estão disponíveis a partir de julho (1).
Plano Safra pode beneficiar agricultores de SC 4a466d
Com a produção predominante na agricultura familiar, já que segundo os dados do último censo agropecuário do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia), Santa Catarina possui um total de 183 mil estabelecimentos agropecuários.
Entre eles, 143 mil são da agricultura familiar e podem receber os investimentos. Além disso, ocorre a redução da taxa de juros para essa modalidade, sendo de 5% para 4% ao ano para produtores de alimentos como, por exemplo, arroz, feijão, mandioca, tomate, leite, ovos, entre outros.
O vice-presidente da CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil), José Mário Schreiner, contou que a entidade fez uma pesquisa em todo país para entender as maiores necessidades dos produtores e que plano atendeu essas demandas.
“O PCA, o programa de construção de Armazéns, o Programa ABC, que agora é Renova Agro, para renovação de pastagens, o Inova Agro e o Próirriga são programas importantes que os produtores apontaram. Com relação aos juros, foram mantidas as taxas [fazendo referência ao Plano Safra para médios e grandes produtores]. Para o custeio agrícola e algumas linhas para grandes produtores, teve um pequeno aumento. Mas nós vemos que é importante ter o recurso, mesmo com aumento da taxa”, afirmou vice-presidente da CNA.
Para o deputado federal catarinense, Rafael Pezenti (MDB-SC), que é ligado ao setor, os valores atende as necessidades e expectativas do estado.
“Santa Catarina tem vocação para a agricultura familiar. É importante que o governo federal reconheça nosso trabalho, com mais crédito e menos ataques”, afirmou.