Se existe um cachorro que nunca sai de moda no Brasil é o vira-lata caramelo. De acordo com uma pesquisa realizada pelo Instituto Pet Brasil, o país tem cerca de 185 mil animais abandonados ou resgatados por maus-tratos, sob a tutela de ONGs e Grupos de Protetores.
No dia do Vira-Lata, celebrado nesta segunda (31), a reportagem do ND+ foi conhecer Bob, o cachorro-vigia adotado, com 10 anos de idade, e há sete na loja do Fort Atacadista de Areias, em São José, na Grande Florianópolis.

O entrevistado do dia não estava no local quando a reportagem chegou. Bob tinha saído para dar suas tradicionais voltas pelas redondezas do bairro. Quando finalmente chegou, Bob estava meio tímido e quieto, provavelmente devido à vacina recebida na semana ada, mas depois se soltou.
A coordenadora regional de marketing da empresa, Silvia Marquez, contou que foi Bob quem encontrou a loja, sendo “o primeiro mascote em que começamos esse trabalho de adotar cães em lojas”.

“Ele é um cachorro do bairro então apesar de ele ser do Fort, todos do comércio e próximos conhecem o Bob. Ele não fica só aqui, mas também em outros comércios. Em cada período do dia, ele dá suas voltinhas”, diz Marquez.
Apesar disso, Bob tem uma casa física, identificada com o nome dele e ganhou até um “cargo” de auxiliar de vigia.
A coordenadora regional de Gente e Gestão, Fernanda Tambellini, explica que Bob é muito próximo de clientes e colaboradores, mas durante a noite ele entra em áreas do mercado. “Nós acolhemos porque entendemos que é uma proteção ao animal e faz parte dos nossos valores”.
“A empresa tem como propósito um lugar para transformar a vida, as pessoas e o ambiente ao nosso redor e a atitude de adotar os cachorros faz parte dessa transformação”, completa.
Segundo Silvia Marquez, a empresa também organiza uma estrutura para poder receber o animal e dar todo tipo de assistência necessária.
“A primeira coisa que garantimos quando os cães nos adotam é ter uma estrutura para poder sediá-los. Uma casinha e toda a questão de alimentação. Os próprios colaboradores já se organizam para poder fazer a função e também vacinas, idas ao veterinário e todo o tipo de assistência”.

Por ser um cachorro de porte muito grande, Bob se envolve em confusões de vez em quando e retorna com algum machucado.
“A gente tem todo um trabalho de colocar no carro, levar no veterinário e não é um trabalho simples porque ele é enorme”, diz Marquez.
Cuidados e tratamentos 3n6n8
O gerente da loja em Areias, Cristiano Machado, fala com carinho sobre o mascote-funcionário.
“Bob apareceu na loja há mais de sete anos e adotamos ele. É conhecido em toda a comunidade e muito querido. O pessoal tem um carinho especial com ele”.
Na última semana, o gerente teve de levar Bob ao veterinário para cuidados e tratamento com antibióticos por conta da idade já avançada. Eles têm todo o histórico do cachorro para que, se for preciso, já terem as informações.
Bob já está há sete anos no Fort do bairro Areias, em São José – Vídeo: Bruno Benetti/ND
Recepção dos clientes 2f1t3h
Segundo Fernanda Tambellini, os cachorros geralmente são dóceis e os clientes com mais afinidade por animais se aproximam, fazem carinho, brincam e dão atenção e cuidado ao animal.
No caso de Bob, os próprios clientes e donos de comércio da região o resgatam, dão comida e o levam de volta ao Fort Atacadista.
Além do bairro Areias, em São José, há outros cachorros adotados nas unidades localizadas no bairro Campeche, no Sul da Ilha, e também no Jardim Atlântico, em Florianópolis.
Mais mascotes em Criciúma 5m4p4j
Na loja em Criciúma, há uma equipe de peso, com três cachorros: Preto, Bolinha e Cicatriz, que chegaram ainda durante a construção da loja e já estão há seis anos anos na unidade. Ao longo desse período, os cães ganharam casinha, crachás, alimentação e amor dos colaboradores que sempre am para fazer um carinho e brincar com eles.
Além do bom trato aos animais nas estruturas no supermercado, o Fort atua na causa animal apoiando entidades que tenham o objetivo de cuidar dos animais.
Dessa forma, sempre que uma loja é inaugurada, a empresa busca uma entidade local para fazer uma doação em dinheiro no valor de até R$ 5 mil. Antigamente, o valor era usado em fogos de artifícios na abertura de lojas, mas agora é utilizado para essa importante ação social.