Um estudo recente apontou que macacos saguis usam nomes para se comunicar com membros de seus grupos, o que sugere habilidades avançadas de comunicação social, paralelas ao desenvolvimento da linguagem humana.
De Enzo a Valentina! Macacos saguis se chamam pelo nome, aponta novo estudo – Foto: David Omer’s Lab/Reprodução NDO estudo, publicado no dia 29 de agosto na revista Science, foi realizado por um grupo de pesquisadores da Universidade Hebraica de Jerusalém, liderados pelo aluno de pós-graduação Guy Oren.
Com a recente descoberta, os macacos saguis entram no seleto grupo composto pelos golfinhos e elefantes, os quais apontam um indício de cognição avançada, semelhante ao dos humanos.
De acordo com o estudo, os primatas usam chamados vocais específicos, chamados “phee-calls”, para nomear uns aos outros.
Como foi realizado o estudo com macacos saguis 4i4o26
Além de gravaram as conversas naturais entre os pares de saguis, os pesquisadores registraram interações entre os primatas em um sistema inovador no computador. Com isso, eles descobriram que os macacos usam seus “phee-calls” para se dirigir a indivíduos específicos.
O estudo apontou ainda que esses animais conseguem discernir quando um chamado era direcionado a eles e respondiam com mais precisão quando isso acontecia.
O sagui são pequenos primatas arborícolas encontrados na região central e orientaL – Foto: Alf Ribeiro/Shutterstock/Reprodução NDO doutor David Omer, do Safra Center for Brain Sciences, que supervisionou a pesquisa, enfatizou que a descoberta mostra a complexidade da comunicação social entre os macacos saguis.
“Esses chamados não são usados apenas para autolocalização, como se pensava anteriormente. Os saguis usam esses chamados específicos para rotular e se dirigir a indivíduos específicos”, comentou.
Os saguis são aniamis de pequeno porte, com peso variando entre 350 a 450 gramas – Foto: Joel Sartore/National Geographic Photo/Reprodução NDOmer explicou que os macacos saguis vivem em pequenos grupos familiares monogâmicos e cuidam de seus filhotes juntos, assim como os humanos.
“Essas similaridades sugerem que eles enfrentaram desafios sociais evolutivos comparáveis aos de nossos ancestrais pré-linguísticos, o que pode tê-los levado a desenvolver métodos de comunicação semelhantes”, disse.
Com o estudo, novos caminhos se abrem para pesquisas futuras nesta área, avançando no entendimento da evolução das habilidades comunicativas dos próprios humanos.
