Uma família de gambás, “do tamanho de um gato”, mora no sótão de uma casa em Florianópolis. A situação inusitada foi alertada pelo morador à Guarda Municipal Ambiental da Capital, que já registrou 22 ocorrências envolvendo o animal silvestre nos últimos seis meses.
Gambás em Florianópolis têm assustado moradores – Foto: Divulgação/NDAs invasões nas casas de moradores têm se intensificado nas últimas semanas por causa da época de acasalamento dos animais e também pelo fácil o à comida, como explica o biólogo Emerilson Emerim.
“A grande questão de animais silvestres entrando em área urbana é oferta fácil de alimento. O animal vai para onde o alimento tem mais oferta. E o gambá é um animal onívoro. Ele se alimenta de insetos, de resto de frutas, de resto de comidas”, explica.
O problema pode acontecer por casa do acondicionamento errado do lixo, além da falta de limpeza de terrenos, que podem ser locais ideias para atrair os gambás.
No caso do Eduardo, morador que pediu ajuda à guarda municipal, o gambá deu os primeiros sinais a subir na casa pelo telhado.
“À noite minha mãe estava sozinha, escutou um barulho no telhado, até imaginando que fosse um ladrão. E disparou o alarme, depois a vigilância veio. Com o tempo nós descobrimos, nos dias seguintes, que que tinha um gambá do tamanho de um gato subindo pela calha e depois com vários filhotes também. Então foi um susto”, recorda o morador.
Apesar do tamanho e do estigma, os gambás não são agressivos, segundo o biólogo. “Eles não tem aquela beleza que a gente está acostumado, né? São animais assim que, às vezes, a população associa a um animal agressivo, mas ele não ataca. Ele só faz aquela cara feia quando é acuado. Então, é alvo de muitos maus tratos, até por uma questão cultural.”
O que fazer ao encontrar o animal 1q4da
Os animais podem transmitir doenças como leptospirose e raiva, mas é importante destacar que eles são protegidos por lei. Praticar abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais silvestres dá multa de R$ 500 a R$ 3 mil por pessoa.
“A gente já orienta que ligue para o 153, que tem diversas normas e condutas pra tratar esse animal silvestre. É importante que a pessoa, quando encontrar um animal silvestre, independente da condição que esteja ligue para a Guarda Municipal.”
