Um grupo de paleontólogos fez a descoberta de uma nova espécie de dinossauro de pescoço comprido: o Qunkasaura pintiquiniestra. De acordo com os pesquisadores, a espécie viveu na Espanha há 75 milhões de anos e promete detalhes importantes dos animais pouco antes da extinção.

A presença da espécie na Espanha revela que, ao contrário do que se pensava, “a Europa era um caldeirão de saurópodes nativos e imigrantes no Cretáceo Superior”. Ou seja, pertencentes da classe Sauropoda, caracterizada pelo corpo grande, pescoço comprido e cabeça pequena.
“Até agora, presumia-se que quase todos os titanossauros europeus pertenciam ao género nativo Lirainosaurus, que se desenvolveu isolado na Europa desde o final do período Cretáceo até à sua extinção”, explicou o coautor do estudo, Francisco Ortega.
A descoberta ocorreu em um santuário de conservação de fósseis durante a instalação de trilhos para um trem de alta velocidade entre Madrid e Levante.
Mais de 12 mil fósseis já foram desenterrados, tornando Lo Hueco como um dos mais importantes sítios paleontológicos do Cretáceo Superior na Europa.

O nome da nova espécie de dinossauro 714n4e
O nome da nova espécie, Qunkasaura pintiquiniestra, faz referência ao lugar em que foi encontrado, na província de Cuenca.
“Saura” é uma palavra latina para “lagarto”, mas também uma homenagem ao pintor Antonio Saura.
“Pintiquiniestra” é o nome da figura de uma rainha gigante do livro “Dom Quixote” de Miguel de Cervantes.