Estima-se que o ser humano conheça apenas 5% do oceano no planeta Terra. Por conta disso, inúmeros animais são descobertos todos os anos.
Um dos locais mais misteriosos são as fossas oceânicas, quase inexplorados. Localizadas até 11 quilômetros abaixo da superfície, essas regiões abissais enfrentam uma pressão esmagadora, mais de mil vezes maior que a da atmosfera terrestre.

Recentemente, na Fossa do Atacama, foi localizada na costa oeste da América do Sul por pesquisadores do Chile e dos Estados Unidos identificaram uma nova espécie de anfípode, pequenos crustáceos semelhantes a camarões.
O nome do animal é um pouco inusitado: Dulcibella camanchaca. Vivendo a quase 8 mil metros de profundidade, a espécie parecida com um alienígena mede cerca de 4 centímetros, o dobro do tamanho de seus parentes mais próximos.
Por que nova espécie parecida com um alienígena tem esse nome? 51ih
Além de ser uma nova espécie, D. camanchaca representa também um novo gênero. O nome “Dulcibella” é uma homenagem à Dulcineia, personagem de Dom Quixote.

A escolha mantém uma tradição literária na nomenclatura de anfípodes, já que outros gêneros relacionados, como Dorotea e Cleonardo, também foram nomeados em referência ao clássico espanhol.
Já o termo “camanchaca”, que batiza a espécie, significa “escuridão” em línguas indígenas andinas, uma alusão direta às profundezas escuras e inóspitas onde a criatura vive.
