
A onça-pintada que devorou caseiro Jorge Ávalo, de 60 anos, na segunda-feira (21), no Mato Grosso do Sul, será submetida uma série de exames após ter sido capturada pela PMA (Polícia Militar Ambiental) na quinta-feira (24). O animal foi encontrado próximo da propriedade onde ocorreu o ataque.
Segundo a polícia, o animal é um macho de 94 kg, que apresentava sinais de magreza. Para a captura, foram mobilizados 10 militares. O animal foi levado para o CRAS (Centro de Reabilitação de Animais Silvestres), do Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul, em Campo Grande.
Onça-pintada que devorou caseiro vai ar por exames 76n36
O Cras vai realizar os procedimentos de saúde no animal, com coleta de materiais para análise. O objetivo é descobrir se há material genético da vítima e fazer uma análise multidimensional da saúde da onça.
“Como é um caso muito atípico, a partir da avaliação clínica e de sanidade, vamos ver qual doença que ele tem, porque não é normal o animal desse porte estar tão magro, e assim podemos tentar relacionar ao caso”, explicou o pesquisador Gediendson Araújo, especialista em animais de grande porte do Reprocon (Reprodução para Conservação).
Também será feita uma investigação pela Polícia Civil sobre a causa da morte do caseiro. Ainda não se sabe, por exemplo, se a vítima foi engolida pelo animal.
“É um caso muito atípico, mas está muito relacionado a presença e aceitação de um animal silvestre à presença de humanos. O animal perdeu o medo de ver o homem como um predador, e acabou tendo essa situação com esse desfecho. Então a coisa é incomum de acontecer, são poucos os relatos, e é uma pena que teve uma perda humana”, completou Araújo.
Acompanhe o momento em que a onça-pintada que devorou caseiro foi capturada – Vídeo: Batalhão de Polícia Militar Ambiental/@pmms.1bpma/Instagram
Caseiro foi morto e arrastado pelo animal 2ou55
Partes do corpo foram encontradas na terça-feira (22), após ele ser atacado pela onça na segunda-feira. Segundo o Portal RIC, a polícia fez buscas nas proximidades da casa onde Jorge vivia e trabalhava.

Os policiais encontraram rastros da onça que devorou caseiro e marcas no chão que indicavam que o corpo do homem foi arrastado para o interior da mata.
Dentro da mata foram encontradas partes de pernas, que estavam no mesmo trajeto apontado pelas pegadas da onça. A polícia confirmou que os restos do corpo eram de Jorge.