Mais um resgate inusitado em Jaraguá do Sul, no Norte de Santa Catarina. E ele estava lá: Christian Raboch, biólogo da Fujama (Fundação Jaraguaense de Meio Ambiente).
Foi chamado por moradores da rua Paulo Papp, no Centro da cidade, para fazer o resgate de uma cobra-d’água (Erythrolamprus miliaris).

A moradora viu a cobra andando pela casa e acionou a Fujama. Até o resgate chegar, a cobra foi andando até entrar e se esconder atrás do armário do banheiro da casa.
Quando Christian chegou percebeu que a cobra havia se alimentado de um sapo que estava por ali também. “Olha que grande”, exclamou Christian.
De fato, foi a maior cobra-d’água resgatada pela Fujama até hoje dentro da cidade. Ela tem cerca de 80 cm.
Veja o vídeo: 164cw
Christian Raboch explicou que essa espécie de cobra-d’água é bem comum em toda a região. A serpente pode chegar até a 90 cm.
“Apesar do tamanho, é inofensiva. Não tem peçonha, não morde. O que ocorre é descarga cloacal (cocô) quando a resgatamos. O cheiro é bem forte e serve como defesa contra algum predador”, continua o especialista.
As cobras-d’água se alimentam, principalmente, de sapos, pererecas, rãs e peixes.
Resgate de coruja u5u4b
A semana começou agitada para a Fujama. Christian também fez um resgate e soltura de uma suindara, conhecida como coruja-de-igreja (Tyto furcata). Ela estava dentro de uma empresa em Jaraguá do Sul.
A espécie, ensina ele, tem ampla distribuição pelo Brasil, tem hábitos noturnos e se alimenta de roedores, insetos, anfíbios e aves.

Em locais onde ela vive, é comum as pessoas encontrarem “bolas de pelos”, que, na verdade, nada mais são do que os restos de suas presas que elas acabam regurgitando.