Um belo de um susto seguido de um grito de desespero. Mesmo acostumado com resgates de fauna, o biólogo Christian Raboch foi pego de surpresa com o ataque de um lagarto nesta segunda-feira (22), no bairro Tifa Martins, em Jaraguá do Sul, Norte do Estado.
O lagarto da espécie teiú (o maior dos lagartos) acabou entrando em uma casa e não conseguia sair. Christian, da Fujama (Fundação Jaraguaense de Meio Ambiente), foi chamado, resgatou o animal da casa e, na hora da soltura na mata, levou um “corridão”, como classificou.
Ele estava “conversando” com o lagarto, sugerindo que fosse para beirada e adentrasse à mata, quando, de repente, o bicho se voltou para ele, abriu o bocão e veio em direção ao biólogo, que chegou a gritar.
Confira o vídeo: o momento do ataque 4is6d
“Cara, quer correria que deu”, falou Christian, que o mostrou todo descabelado.
“Mais um dia de resgate de fauna”, brincou o especialista que tem ficado famoso por compartilhar todas as aventuras em suas redes sociais.
Sobre a espécie Teiú, o biólogo explicou que geralmente são calmos, mas, por conta do resgate e do transporte, eles podem acabar ficando estressados.
Sobre o teiú 4y3z6e
O teiú pode medir até 1,5 metro e é bem comum de ser encontrado no Brasil. Ele fica ativo especialmente na primavera e no verão, podendo, inclusive, serem encontrados em campos, trilhas e matas preservadas. Nas áreas rurais, chegam até a aparecer nos quintais das casas. São onívoros, alimentando-se de insetos, aves, roedores, mas ovos são seus preferidos.
Assim como todos os répteis, o teiú adora um banho de sol, em gramas, pedras e até em árvores. Torna-se agressivo se for ameaçado, mas é sim um bicho meio arisco. Usa a cauda para se defender. O lagarto costuma se camuflar em meio às folhas.
Na época de reprodução, a fêmea – menor que o macho – põe até 36 ovos, que são incubados por até 90 dias.
Sobre o biólogo corajoso 6bf10
Christian Raboch trabalha na Fujama desde 2017 e faz parte de sua rotina resgatar e cuidar dos animais. Só serpentes, Christian já resgatou 371 . Formado em Ciências Biológicas, ele ite que no início da carreira tinha certo medo de cobras venenosas, mas, ados alguns meses de trabalho, já se habitou com esses e outros animais.
conta que no início da carreira ainda havia um certo medo das bichinhas. “Apesar dos cinco anos na faculdade, eu saí de lá com muito medo de cobra. Só fui perder depois de seis meses trabalhando com elas”, relembra.
*Colaborou Mikael Melo