Uma jiboia criada, de forma legalizada, em um terrário em Jaraguá do Sul, no Norte do Estado, causou nas redes sociais. Isto porque o dono da cobra, o biólogo Christian Raboch, postou um vídeo neste domingo (9) alimentando seu animal de estimação, ou, como costuma chamar, seu pet.

Batizada de “Mirana”, a jiboia arco-íris foi comprada de um criador legalizado e hoje vive em um terrário climatizado na casa de Christian Raboch. Essa espécie (Epicrates cenchria) vive na Amazônia.
Como na região Sul faz mais calor, Raboch precisou climatizar a nova casa de Mirana.
Quando chegou a Jaraguá do Sul – em setembro do ano ado – a jiboia tinha 86 gramas e agora está com 190 gramas e 90 centímetros de comprimento. Mas ela pode chegar a 2,2 metros e viver entre 20 e 25 anos.
“A serpente Mirana também é usada para educação ambiental, uma maneira de as pessoas terem contato com esses animais e uma boa oportunidade para desmistificar alguns mitos criados sobre ela”, explica o especialista Christian Raboch.
Alimentação 28523z
A jiboia se alimenta de ratos. Raboch compra ratos de cativeiro já mortos e os congela. Quando vai alimentar Mirana, descongela os ratos em banho-maria. Os ratos têm, em média, de 15% a 20% do peso corporal da jibóia. Antes, o biólogo alimentava o bicho de estimação a cada 15 dias, mas como ela cresceu ou a ofertar roedores a cada 10 dias.
A jiboia arco-íris é inofensiva, não tem veneno. Os dentes servem para morder, prender e com o corpo matar por constrição.
Temperamental 35740
Essa espécie, segundo Christian Raboch, é muito temperamental. Se ela está com fome, não gosta muito de ser manuseada. Outros erros de manuseio, alerta o biólogo, são pegá-la com cheio de outro animal na mão ou fazer movimento brusco na frente dela.
“A mordida dela não dói, mas dá um grande susto”, acrescenta, lembrando que se isso acontecer é só lavar bem o ferimento com água e sabão.
Curiosidades 5t355t
Por que as jiboias começam se alimentando pela cabeça do animal? O biólogo da Fujama explica que dessa forma fica mais fácil para engolir a presa.
“Porque se ela começa engolindo pela parte de trás do corpo, as patas e as limitações das articulações podem acabar atrapalhando”, complementa.
Há várias espécies da jiboia arco-íris espalhadas pelo Brasil. São espécies de coloração diferentes. No entanto, há outras espécies de jiboias. Elas são encontradas em várias regiões da América Central e América do Sul. No Brasil, é comum encontrar essa serpente na Amazônia, na Mata Atlântica, no Cerrado, na Caatinga e no Pantanal. Mirana, por exemplo, veio da Amazônia.
Nas jiboias arco-íris, é bem comum a iridescência (reflexos brilhantes). São componentes cristalinos (cristais de guanina) que se acumulam nas escamas e funcionam como um prisma, decompondo a luz do raio solar em diferentes cores do arco-íris, o que dá nome às espécies do gênero.