A ciência do sexo (Sexologia) tem lançado luz sobre as complexas sensações que o corpo humano experimenta durante as vivências sexuais. A excitação sexual pode se revelar de maneiras surpreendentes e diversas a cada encontro íntimo e também pode ditar diferenças na frequência sexual.
A singularidade de cada indivíduo é fundamental nesse contexto, uma vez que os desejos, as formas de experimentar o prazer e os motivos que impulsiona a fazer sexo podem diferir de uma pessoa para outra. E como fica a relação quando se tem mais prazer do que a parceria?

Em meus atendimentos clínicos e no portal Sexo sem Dúvida, um dos principais motivos pela busca por psicoterapia é a diferença da frequência sexual no casal. Sim, diferenças no desejo são comuns e, por isso, hoje te convido a refletir não apenas sobre a frequência em si, mas também sobre os desejos individuais, o prazer e o significado do sexo em sua vida. É importante compreender que a frequência não deve ser encarada como o único medidor da satisfação sexual.
Saiba que a satisfação sexual em um relacionamento pode variar de pessoa para pessoa. Ter mais prazer sexual do que a parceria é um dos desafios na relação. E, quando uma das partes experimenta mais prazer do que a outra, pode criar desequilíbrios e desafios na dinâmica do relacionamento.
Vamos aqui pensar juntas em como alguns pontos como essa situação pode afetar a relação e abordar soluções de maneira construtiva. A questão da desigualdade merece uma reflexão cuidadosa. Quando existe um desequilíbrio notório na satisfação sexual e no prazer, isso pode, de fato, levar a sentimentos de ressentimento e frustração em qualquer uma das partes envolvidas.
Trago novamente a comunicação. Perceba, se alguém está tendo mais prazer é importante que ambos expressem seu sentimentos e desejos. É preciso compreender as necessidades e as expectativas das vivências sexuais de cada um. Ratifico que a comunicação é fundamental em qualquer relacionamento.
A rotina sexual, em alguns casos, pode se tornar monótona para alguma das partes do casal. Cabe ressaltar aqui que isso não deve ser visto como algo necessariamente negativo.
De fato, muitos casais conseguem lidar de maneira satisfatória com a rotina sexual, encontrando nela conforto e estabilidade. No entanto, dada a complexidade e a diversidade da sexualidade humana, pode ser benéfico explorar novas atividades juntos e ajustar as expectativas de forma a equilibrar o prazer no relacionamento. A ideia é enriquecer a vida sexual com novas experiências e perspectivas.
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Mas se apesar dos esforços na comunicação, no respeito mútuo e nas novas experiências sexuais, as diferenças na satisfação sexual permanecerem um desafio, a psicoterapia sexual pode ser uma ferramenta eficaz para identificar e enfrentar essas questões de modo a encontrar soluções que atendam às necessidades de ambas as partes.
Sempre válido recordar que cada pessoa tem seus próprios limites e preferências sexuais. Respeitar as escolhas da pareceria e assegurar que ambos se sintam à vontade, tanto na comunicação quanto no ato sexual, garantido o consentimento em relação às atividades sexuais, é um pilar essencial para a saúde sexual e a qualidade do relacionamento íntimo.
Por fim, lembre-se de que a qualidade é mais importante do que a quantidade. O objetivo não é apenas aumentar a frequência sexual e nem ter mais prazer do que a parceria. O gostoso do jogo sexual é desfrutar da intimidade e da conexão sexual de maneira saudável e satisfatória para o casal.