São muitas as diferenças que “separam” os millennials (nascidos entre 1981 e 1995) dos Gen Z (pessoas que vieram ao mundo entre 1995 a 2010). E para além do ambiente digital, principal divisor entre as gerações, uma delas é o senso estético. A farmacêutica e especialista em estética avançada Luisa Caser explica que há uma grande discrepância na busca por procedimentos estéticos entre mulheres de 30, 40 e 50 anos e as mais jovens.

“Pacientes com 50 anos iam à praia todos os dias, ficavam bem bronzeadas até porque campanhas por uso de protetor solar não existiam praticamente, então, essas mulheres envelheceram sem adotar certos cuidados com a pele. E apesar de a toxina botulínica já ser usada há 20 anos, ela ficou mais disseminada aqui nos últimos 5 ou 10 anos”, aponta.
Já as gerações mais recentes, sobretudo as mulheres que nasceram no início dos anos 2000, adotam uma rotina de skin care e usam protetor solar. Com esse cuidado maior, essas meninas já estão mais acostumadas com esse cuidado mais intenso. “Se a preocupação é muito maior, a necessidade de fazer alguma coisa também é muito grande”, disse.
Mulheres mais novas aderem mais a tratamentos e procedimentos estéticos 1y1v3r
Com a evolução tecnológica e o surgimento de influenciadoras adeptas aos procedimentos de beleza, muitas mulheres mais jovens sentem a necessidade de acompanhar.
Novas influenciadoras, como as Kardashians, que vem com uma pegada mais exagerada, também influenciam essas mulheres. “As pessoas mais novas não têm tanto medo de fazer esses procedimentos, que mudam mais o rosto. Um exemplo é o preenchimento labial, elas anseiam pelo bocão e não têm medo disso”, explica.
Já as mulheres de 40 ou 50 anos são mais cautelosas e optam pela naturalidade, como por exemplo, o Protocolo Paris. “Essa paciente de 50 anos só quer trazer aquele lábio dos 30. Ela não quer ficar com aquele bocão exagerado, que as jovens gostam mais”, explica.
De forma geral, a geração mais nova quer sobrancelhas bem arqueadas, rosto marcado e desenhado, e bocas bem volumosas. “Elas vêm sem medo do exagero porque as referências delas no Instagram são exageradas”, diz Luisa.
Moda natural nas redes sociais 2i42x
Recentemente muitas influenciadoras optaram pela remoção, ou total ou de boa parte, do preenchimento labial para adotar um ar mais natural.

Gen Z: Filtros e autoimagem 4n40o
Luisa concorda que o uso de filtros nas redes sociais têm uma pegada divertida, mas podem causar problemas sérios de distorção de imagem a médio e longo prazo. “Eu sou contra esses filtros exagerados para buscar o perfeito. O perfeito é aquilo que alguém disse que é. E quando eu me comparo e vejo que eu não sou aquilo, isso pode provocar dor e comparação, o que não é saudável. Somos bonitos como somos”, argumenta.
Luisa aponta que as mulheres, principalmente as mais jovens, precisam parar de se comparar com outras pessoas e com filtros nas redes sociais. “O que é postado nas redes sociais? Uma vida perfeita? Sabemos bem que ela não existe. A pele vai ter uma ruga, vai ter alguma imperfeição. E isso não te deixa mais feio ou bonito”, completa.
Sobre comparações: busque inspiração 2s1e1r
As pessoas costumam buscar a perfeição e com isso se comparam. Para a especialista isso pode gerar muitas inseguranças e afetar a autoestima da mulher. “Não tem que ser igual a ninguém, porque cada uma é única. Eu acredito muito que menos é mais”, aconselha a especialista.
Para ela, o melhor é sempre começar a aderir a tratamentos e procedimentos aos poucos porque isso auxilia na observação e no entendimento da própria imagem, sem sustos ou desproporções.
A partir de qual idade aderir aos procedimentos estéticos? 471d4j
Segundo a especialista, a partir dos 30 anos. “Nessa idade acho que já se pode pensar em fazer alguns procedimentos. Mas, sem dúvida, o ideal é prevenir, não remediar. O importante é prevenir o envelhecimento de forma leve”, finaliza.