Aos 34 anos, Gennevieve Vaillancourt, do Canadá, é inspiração nas redes sociais. Desde os 16 anos, quando foi diagnosticada com a síndrome dos ovários policísticos, a mulher precisou aprender a lidar com algo que ou anos tentando esconder: seus pelos faciais, ou melhor, sua barba.
Nas redes sociais, Gennevieve publica fotos com frases incentivadoras para quem a pelas mesmas situações que ela – Foto: Internet/Reprodução/NDFoi apenas recentemente, após anos sofrendo constante provocações, que ela deixou sua barba crescer, ao se sentir mais confiante do que nunca. A história da mulher natural de Ontário foi disponibilizada pelo jornal britânico Metro.
Ela disse que, quando adolescente, cabelos ao redor de seu queixo e lábio começaram a crescer por conta da síndrome. Gennevieve contou que ela se barbeava a cada dois dias para manter os pelos sob controle. “Eu tinha tanta vergonha da minha barba”, confessa.
“Eu sofri bullying na escola por causa disso e as crianças me diziam para fazer a barba ou perguntavam se eu sabia como fazer. Quando recebi meu diagnóstico, senti-me aliviada por ter algo para pesquisar e saber que havia uma razão pela qual essas coisas estavam acontecendo comigo”.
Além disso, a mulher também disse que a síndrome fez com que ela se sentisse roubada de sua feminilidade, pois além dos pelos faciais, outros sintomas que acompanham os ovários policísticos são o ganho de peso e, em alguns casos, a infertilidade.
Este último problema, entretanto, não afetou diretamente Gennevieve, que possui um filho de três anos chamado Duncan.
Mudança de pensamento
Foi apenas durante a pandemia de Covid-19 que Gennevieve deixou sua barba crescer. “Eu queria dar o exemplo [para seu filho]”, disse ela. “Eu não poderia ensiná-lo a amar cada parte de si mesmo se não estivesse fazendo o mesmo por mim”, explica.
Foi assim que ela começou a compartilhar fotos de sua barba na internet, o que ajudou com sua confiança.
A partir disso ela sentiu-se encorajada o suficiente para sair pelo mundo como uma mulher barbuda. “Queria chegar a um lugar onde eu fosse corajosa o suficiente para usá-los em público. Eu só precisava aprender algumas ferramentas para poder fazer isso”, disse.
“O principal ponto de virada foi quando encontrei uma de minhas tias enquanto esperava no carro do lado de fora do supermercado. Eu não me barbeava há três dias e avisei a ela que estava com barba e ela disse ao meu tio para não vir porque ele ‘não precisava ver isso'”, desabafa.
“Vi a vergonha da minha tia, mas também me fez perceber que mereço ser vista! Isso realmente me incentivou a dar este salto”, continuou. Desde então ela diz que tem amado sua aparência “única”, por ter “conseguido me aceitar como sou”.
“Todas as experiências positivas que tive desde que mostrei minha barba me estimularam a continuar. Sinto-me mais confiante do que alguma vez me senti com a minha barba. Quando eu não era capaz de ser meu verdadeiro eu e estava me escondendo, fiquei cheia de ansiedade. Mostrar minha barba foi libertador”, finalizou.
