Jaqueline Moraes é enfermeira com especialização em harmonização facial, corporal e fios de PDO da Quilates Estética, em Florianópolis.
Por que a busca pelos ‘joelhos perfeitos’ persiste, e até quando as mulheres serão submetidas à pressão para modificar a aparência? Infelizmente, mais uma tragédia se desdobrou como resultado dessa busca incessante pela perfeição corporal, que é frequentemente definida por padrões inalcançáveis. A morte trágica e prematura da influenciadora Luana Andrade, aos 29 anos, após uma lipoaspiração nos joelhos, levanta questões importantes.

No último dia 7 de novembro, Luana Andrade sofreu quatro paradas cardíacas durante o procedimento estético, refletindo um crescente número de casos semelhantes em todo o mundo. Mulheres, em busca do corpo ideal, continuam se submetendo a procedimentos invasivos na busca por resultados mais rápidos.
Essa opressão pela beleza e pelo corpo perfeito levanta a questão de sua origem. Essa pressão vem de nós mesmas ou da sociedade, frequentemente crítica e, muitas vezes, por parte de outras mulheres? A influência dos julgamentos alheios nos leva a constantes insatisfações com nossa aparência, resultando em decisões arriscadas no campo da cirurgia estética.
Mulheres são culpabilizadas quando procedimentos dão errado
A noção dos ‘joelhos perfeitos’ muitas vezes deriva da ideia de que algo em nosso corpo não está em harmonia. No entanto, é essencial entender de onde vem essa insatisfação. Frequentemente, as vítimas são culpadas por se submeterem a procedimentos invasivos, considerados frívolos por alguns, mas muitas vezes seus algozes ignoram o papel dos comentários críticos e julgadores sobre os corpos destas mulheres, fundamentais na tomada de decisão de realizar tais intervenções.
A pressão da opinião pública, principalmente para quem trabalha com mídias sociais, internet e TV pode ser avassaladora e até mesmo perigosa.
Devemos nos questionar se somos capazes de não julgar os outros com base em suas características físicas e reconhecer que nossos julgamentos podem ter impactos profundamente negativos nas pessoas ao nosso redor. É um momento oportuno para refletir sobre essas questões e buscar um entendimento mais empático e comivo em relação às escolhas e experiências dos outros.
Somos capazes de não julgar? E aí, me fala você já julgou alguém pelas características do corpo? Acredita que o nosso julgamento pode influenciar o outro de maneira negativa?
Vamos refletir!