Chegou o dia! Acelino “Popó” Freitas e Guilherme Grillo se enfrentam na noite deste sábado (23) no Danki Fight Show, o super evento que traz lutas, entretenimento e música para Florianópolis.

Durante a semana de preparação para o evento, Popó recebeu a equipe de reportagem do Grupo ND no hotel onde está hospedado no Centro de Florianópolis para uma entrevista exclusiva.
O tetracampeão mundial de boxe falou sobre a trajetória que teve dentro do esporte, o período que ou em Brasília como deputado federal eleito na Bahia e também do que espera do adversário deste sábado no Stage Music Park.
Confira um pouco mais sobre o ídolo do boxe brasileiro em um bate-papo com a guarda baixa, sem medo de se expor.
Veja a entrevista com Popó na íntegra: 3z5w
ND: O Popó é um personagem da tua vida profissional ou Popó é o Acelino?
Popó: Não, o Popó sempre foi o Acelino, na verdade, porque eu tenho o Popó desde os cinco anos. Eu mamava até cinco, mamei até cinco anos, né? Por isso que é forte. É, foi certo. E aí pedi o peito da minha mãe, Popó, Popó, e aí, pronto, aí ficou Popó da mamãe, aquela coisa toda. Desde os cinco anos que eu tenho o apelido Popó. Quando alguém chama de Acelino é porque alguém está reclamando comigo, né? Acelino? Alguma reclamação.
ND: Esperava chegar até onde conseguiu na carreira?
P: Eu não sabia o tanto que seria, né? Mas eu acreditava. Eu lembro que com 12, 13 anos que eu comecei a lutar, eu escrevia no meu caderno o Popó campeão mundial, eu treinava o meu autógrafo, então eu acreditava muito no potencial e nas oportunidades que eu poderia ter e conseguir, até porque eu sabia do dom, eu sabia do talento que tinha e aí eu sempre estava aprimorando, treinando cada vez mais, absorvendo, observando também os treinamentos dos caras muito mais velhos que eu, para saber um pouco de cada um tem de bom, para eu aproveitar, eu fui muito assim, muito focado.

ND: Você tem vários títulos e recordes, mas parece que o brasileiro às vezes não reconhece muito seus ídolos.
P: Pois é, a gente já está acostumado com isso, com nossos irreconhecíveis, nossos heróis. O importante é que a gente faz o nosso papel, eu aproveitei todo esse dom para ser o melhor nocauteador, ser recordista em nocautes consecutivos.
ND: A tua carreira para agora ou vem mais por aí?
P: Acho que tem mais uma ou duas lutas. Já vou fazer 50 ano que vem, então a idade pesa, não é brincadeira. A idade é um fator muito importante no esporte de alto rendimento. Tem hora que a gente tem que realmente parar, tanto que a minha ideia seria a minha despedida com essa luta do Grillo, né? Mas aí eu recebi uma proposta, uma intimação, um pedido de uma pessoa que eu tenho muito carinho: “você vai fazer a sua despedida em tal lugar”. Aguardem.
ND: Você foi deputado federal, o que é mais difícil: boxe ou política?
P: A política é mais difícil, no boxe a gente sabe o que tem que fazer. Na política não tem como ditar o jogo, quem faz são eles lá e não quem tenta fazer as coisas corretas. O errado lá é o certo.

ND: Quais seus ídolos no esporte e na vida?
P: Na vida é o meu irmão Luis Cláudio, é o meu ídolo, foi o cara que me levou para o boxe, foi para Olimpíadas, Pan-Americano, foi várias vezes campeão brasileiro. No esporte é o Pelé, o número um, o Neymar eu gosto muito e o Mike Tyson.
ND: O que esperar da luta com o Guilherme Grillo:
P: O Grillo é um menino determinado, focado. A gente sabe das limitações na área do esporte, mas a gente sabe também das qualidades e do desenvolvimento no boxe por gostar do esporte. Não pense que porque a gente é veterano de boxe vai ficar na zona de conforto. Cheguei aqui na sexta-feira ada e todo dia tô treinando e correndo porque estou fazendo uma preparação para lutar boxe.