Uma agência dos Correios muito importante para o Centro de Florianópolis vai fechar as portas por tempo indeterminado. Os servidores do local reclamam da falta de aviso prévio. Um comunicado colado na porta de entrada informa que a unidade da empresa estará fechada a partir desta sexta-feira (27), sem data para retorno.

A justificativa é que o prédio dos Correios, que fica na Praça 15 de Novembro, deve ar por reformas de manutenção. O problema é que quase ninguém sabia da informação. Quem chegou cedo nesta sexta ao local foi pego de surpresa.
“A gente veio colocar um produto aqui na agência e não sabia. Acho que o certo era ter avisado a população”, reclamou uma cliente.
O questionamento da população é o mesmo do secretário geral do Sintect SC (Sindicato dos Trabalhadores na Empresa de Correios e Telégrafos e Similares de Santa Catarina), Hélio Samuel Medeiros, e também dos quase 30 funcionários da agência. Além de ficarem sem entender o fechamento, eles correm o risco de ficar sem emprego.
Segundo Medeiros, “enquanto trabalhadores dos Correios, até pleiteamos uma reforma para deixar nosso edifício mais habitável. O que a gente não entende e tá buscando saber da empresa é o retorno do funcionamento da agência. Uma agência histórica, uma agência presta um serviço essencial à população”.
“É só ficar aqui na frente para perceber o quanto os clientes estão sendo pegos de surpresa. Até quem já tem contrato aqui nessa agência da Caixa Postal foi notificado fora do prazo”, acrescentou o secretário do Sintect SC.
A reportagem do Balanço Geral Florianópolis tentou contato com os Correios, que não quis gravar entrevista. Em nota, a instituição informou apenas que a agência será fechada de maneira temporária para obras de manutenção e prevenção do prédio. A equipe do telejornal também questionou sobre o prazo para a reabertura da agência, mas não teve resposta até o fechamento desta reportagem.
O prédio é histórico, centenário, e importante para a região. O fechamento sem data para retornos, sem um projeto explícito e sem diálogo com os trabalhadores é o que incomoda o sindicato, que afirma estar perdido com a situação.
De acordo com Medeiros, os funcionários esperam “garantias do retorno da agência [para o prédio] e também garantias para quem trabalha aqui, que vão ter suas gratificações mantidas e, é claro, postos de trabalho. Ele não pode aceitar que uma pessoas que trabalha aqui e mora em Capoeiras venha a ser transferida para Tijucas, porque é a abrangência da região de atendimento de Florianópolis”.
Confira mais informações na reportagem do BG Florianópolis.