Grande Florianópolis perde costureira que fazia bonecas para crianças carentes a41

Durante anos,  Ondina Rosa Costa Nascimento se dedicava ao trabalho voluntário em comunidades carentes da região e da África 411l45

A infância está de luto. A costureira de bonecas Ondina Rosa Costa Nascimento morreu neste sábado (19), aos 65 anos. Ela confeccionava os brinquedos e os doava às comunidades carentes da Grande Florianópolis. As bonecas também eram recebidas por crianças da África.

Ondina doava bonecas para as comunidades carentes da Grande FlorianópolisOndina Rosa Costa Nascimento confeccionava bonecas e doava brinquedos para crianças carentes na região – Foto: Arquivo/Daniel Queiroz/ND

Ondina morreu após bater a cabeça, o que provocou traumatismo craniano. A suspeita é de que a bonequeira, que tinha diabetes, sofreu um mal súbito. Ela foi encontrada morta nesta quarta-feira (22), por volta das 15h. O acidente ocorreu dentro da casa que morava, em São José.

Os familiares achavam que ela estava eando, conta o sobrinho Marcelo da Silva. “No dia [da morte] ela se trocou para ir na casa de uma amiga, os filhos achavam que ela estava lá. Quando ligaram para ela [a amiga], descobriram que a mãe sequer tinha saído de casa”, lamenta.

A bonequeira foi sepultada no fim da manhã desta quarta-feira (23). A cerimônia ocorreu no Crematório Vaticano. Ondina deixa três filhos: Michele, Gisele e Sanianderson. O companheiro Alécio Nascimento morreu há três anos.

Dedicação e arte 146532

A dedicação da bonequeira foi contada pelo ND+ em 2017, quando ela ainda conciliava a produção de bonecas para as crianças com o trabalho como cozinheira, realizado em diferentes restaurantes de São José. Era em um quartinho de casa que ela produzia as bonecas. As datas especiais, que demandavam trabalho intenso, eram o Natal, o Dia das Crianças e a Páscoa.

O trabalho começou quando ela perdeu o neto de um ano e ficou viúva. Uma visita à comunidade Frei Damião alimentou a vontade de dar apoio. “Estava muito triste porque era recente a morte do meu netinho e olhava as crianças pedindo carinho. Decidi então ajudar”, contou ao ND+ na época.

O desejo precedeu a técnica: ela foi aprender a costurar com a irmã, Inês Rosa Costa (mãe de Marcelo). As duas produziam as bonecas juntas. Os trabalhos eram feitos mediante a doação de tecidos e outros materiais necessários para a confecção.

“Tínhamos uma aproximação grande. Ela era muito ativa, sempre solicita e disposta”, lembra o sobrinho. Para ele, a dedicação às crianças carentes também foi impulsionada após a infância difícil vivida por Ondina.  “Foi a partir dessa experiência que ela pensou em retribuir. Ela sabia como ninguém o que era não ter”.

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