O Balanço Geral Florianópolis desta quinta-feira (17) contou a história de Miriam Braga, uma Mulher Maravilha da vida real. Fundadora do ICC (Instituto Catarinense de Conscientização), na Grande Florianópolis, ela trabalha com a confecção de perucas e lenços para mulheres em tratamento contra o câncer de forma voluntária.

Segundo Miriam, a inspiração sempre veio das mulheres fortes de sua família. Nos caminhos da vida, Miriam cresceu e estendeu a mão para que tantas outras crescessem junto com ela. Foi maravilhosa, como ela gosta de exaltar, seja na fala ou na camiseta.
“Às vezes parece muito distante: ‘vamos ajudar o mundo, vamos mudar o mundo’. Como eu começo a ajudar o mundo? Eu começo do meu lado, no primeiro o, na minha família, na minha casa, no vizinho. Então, eu procuro começar inspirando ao meu redor, mas eu gostaria muito que essa inspiração chegasse longe. Esse é meu sonho”, disse Miriam.
Em 2009, numa dessas ironias do destino, o trabalho desenvolvido pela Miriam tomou forma e engrenou. Naquele ano, depois de perder tudo o que tinha em uma enchente no Norte da Ilha, em Florianópolis, justamente num 8 de março, ela fundou o ICC.
Miriam contou que “no Dia Internacional da Mulher de 2009 perdeu tudo numa enchente no Norte da Ilha. Ali foi um marco muito grande. Fortaleceu ainda mais os trabalhos, as pessoas conheceram mais a minha história. Então, as pessoas se aproximaram. A gente recebe muita ajuda. Eu nem falo da ajuda financeira. Precisamos, mas o ICC sobrevive da ajuda das pessoas colocarem a mão na massa, de irem atrás”.
Atualmente, são mais de 100 voluntários em toda a região da Grande Florianópolis. Uma rede de apoio e empatia que opera em todos os meses do ano e que alenta o coração de quem enfrenta a doença.
Dentre as inúmeras atividades desenvolvidas no instituto, ele também foi o primeiro banco de perucas da Grande Florianópolis. O ICC fornece perucas, chapéus, lenços e adornos a pacientes com câncer enquanto realizam o tratamento da doença.
Depois do tratamento, a pessoa devolve o ório ao banco para que outro paciente possa usar. “Uma coisa é você ter a opção de raspar o cabelo e ficar careca. Outra coisa é uma pessoa que não planejou isso e ela perdeu por causa do tratamento. Então, se ela se sente melhor com o cabelo, vamos ajudar ela”, disse a fundadora do ICC.
A mesma Miriam que se emociona, se envergonha e entrega amor voluntariamente, entrega também inspiração. Realiza um trabalho intenso com mulheres, na busca pela vaidade boa, pela volta da autoestima e pelo ganho de forças para continuar na luta contra o câncer e contra tudo que as limita. Até agora, um trabalho sem dúvidas maravilhoso.
Confira mais informações na reportagem do Balanço Geral Florianópolis.