O Corpus Christi foi um grande momento de fé, com milhares de fiéis católicos reunidos desde nas ruas para a confecção dos tapetes em todas as paróquias da Arquidiocese de Florianópolis.
No entorno da Praça XV, as primeiras movimentações começaram às 8h, com os fiéis preparando o entorno da praça para a procissão. Pouco depois das 15h, o arcebispo de Florianópolis, Dom Wilson Tadeu Jönck, presidiu uma missa na escadaria da Catedral Metropolitana e, na sequência, os fiéis seguiram em procissão pelas ruas do Centro.

A manifestação religiosa teve a presença de autoridades, como o governador do Estado, Jorginho Mello, o prefeito de Florianópolis, Topázio Neto, e a secretária municipal de Esporte, Cultura e Esporte, Zena Becker.
O arcebispo Dom Wilson Tadeu Jönck explicou que a festa de Corpus Christi foi instituída para realçar a importância da presença de Cristo na eucaristia, celebração que lembra a morte e ressurreição de Jesus, e na hóstia consagrada.
“Normalmente, os fiéis vão à igreja para encontrar Cristo e comungar. No dia de Corpus Christi, Cristo sai pelas ruas e visita o seu povo. Diante de uma visita tão importante, as comunidades enfeitam as ruas, com os tapetes, demonstrando a importância e a acolhida ao ilustre visitante”, afirmou o arcebispo.
Celebração de Corpus Christi é momento de reflexão 303w3d
A fiel católica Teresa Lucio Barcellos, 77 anos, é professora aposentada. Nascida em Tubarão, no Sul do Estado, mora em Florianópolis, no Centro, há mais de 50 anos e gosta de participar da celebração de Corpus Christi, porque considera um momento de muita reflexão.
“Precisamos de muito amor, diante de tantas coisas que vemos acontecer nesse mundo. Temos que rezar um pouco mais e agradecer a Deus por todos os nossos dias”, declara Teresa.
Na escadaria da Catedral, ela acompanhou a missa e depois participou da procissão. “É uma celebração que une o povo a refletir um pouco mais. Um momento muito sagrado, em que devemos estar reunidos. Por isso, faço questão de participar”, reflete.
A fisioterapeuta Daiane Silva de Souza Naressi, 30 anos, participou da celebração com a filha, a pequena Antonela, de dois anos, e com a avó, a babá Angela Maria Silva, de 69.
“Tem muita gente abandonando a igreja e temos que trazer as crianças. Vivo isso há tanto tempo. Ia com a minha vó na missa e tenho fé. Hoje em dia, é muita tecnológia e ninguém tem fé mais”, comenta Daiane.
Sempre que pode, ela incentiva a filha a ter a vivência que teve. Acomodada na escadaria da Catedral, com Antonela no colo, ela só não participou de toda a procissão, por causa do frio.
Assim que a caminhada começou, ela foi para casa, em Barreiros, São José. “A gente sempre foi assim e continua, porque a fé é o mais importante hoje em dia”, diz dona Angela.
Dia de abençoar a cidade e renovar a fé z2k38
Além dos fiéis, a celebração de Corpus Christi reuniu autoridades políticas. O governador Jorginho diz se tratar de uma procissão religiosa importante e que é preciso firmar a fé: “A fé está em tudo na nossa vida. Venho como cristão, para participar desse momento de graça, pensar em coisa boa, em energias positivas, para ganhar força e istrar nosso Estado”.
Já o prefeito Topázio Neto lembra que essa procissão é tradicional na cidade e, segundo a tradição católica, é o dia em que Cristo eia pelas ruas da cidade. “Temos fé de que, nesse eio, Cristo abençoa a cidade. As pessoas vieram para a praça, enfeitaram as ruas”, reflete.
A secretária Zena Becker frisa que a celebração é uma manifestação religiosa, mas também uma manifestação cultural, que resgata a história do corpo de Cristo nas ruas.
“O que acho mais importante é que traz a comunidade. A gente se integra, independentemente da idade, raça, sexo, cor, religião, todos estão aqui para refletir, resgatar a história e principalmente se integrar!”, afirma.
Zena, que participou da celebração de Corpus Christi desde o início da manhã, conta que viu os mais diversos grupos de fiéis, no entorno da Praça XV, preparando os tapetes.
“Por meio da Secretaria Municipal de Turismo, Cultura e Esporte, a prefeitura também fez um tapete para se integrar e mostrar o quanto manifestações desse tipo são importantes. É fundamental a gente participar e se integrar nesse momento religioso, cultural e principalmente de inclusão.”