“Sejam bem-vindos ao Museu de Florianópolis” disse a mestre de cerimônias enquanto a fita era cortada na inauguração do primeiro espaço destinado exclusivamente à cultura da Capital, localizado na Praça 15, no casarão onde antes funcionou a Casa de Câmara e Cadeia.

Aberto ao público nesta quarta-feira (24), quem ar pelo local vai poder ver não apenas um resgate da memória da cidade, mas também acompanhar a discussão do futuro da região.
O Museu Prefeito Sérgio Grando, nome oficial da instituição, mescla o acervo de mais de 11 mil peças históricas com a tecnologia, por meio de telões, vídeos e mesas com conteúdos interativos.
Em novembro, o Museu de Florianópolis Sérgio Grando estará aberto às segundas, quartas, quintas e sextas-feiras, das 9h às 19h. Aos fins de semana, das 10h às 16h. Não há visitação nas terças-feiras. Até o dia 3 de dezembro a visita ao local será gratuita.
Primeiro andar 271629
No primeiro andar do museu é possível saber mais da história da Casa de Câmara e Cadeia e de todo o Centro Histórico de Florianópolis. Também no térreo fica o espaço Vozes da Cidade, com falas de diversos moradores sobre a vivência e lembranças da ilha.
Subir as escadas do museu também é uma experiência diferente. As paredes que levam ao segundo andar possuem diversas expressões manezinhas, como “dazumbanho”, “arrombassi”, “istepô” e “segue reto toda vida”. Todas com explicações em português, inglês e espanhol.

Nereu do Vale Pereira foi vereador de Florianópolis de 1959 a 1963, período em que a casa funcionava para os parlamentares, e diz que foram incontáveis as vezes que subiu as escadas enquanto político.
Para Pereira, a não utilização do espaço deixou por muito tempo uma lacuna na história da cidade, mas que agora a revitalização do museu “deve marcar uma nova era no local”.
O atual prefeito de Florianópolis, Gean Loureiro, que também foi vereador na Casa de Câmara e Cadeia, fala que o espaço dá pertencimento local tanto para quem nasceu quanto para quem escolheu viver na Capital.
“Muitas vezes quem vem de fora dá mais valor à cultura local que os próprios moradores. Agora é possível conhecer todo o desenvolvimento histórico e contemporâneo do município”, disse Gean.
Segundo andar 4h4v5y
No andar de cima fica a atração principal. O espaço “Ventos e Marés: de Meiembipe a Florianópolis” conta, em quatro minutos, toda a história da Capital, desde a colonização, ando pela revolta federalista e a construção da ponte em 1926.

A segunda seção do andar mostra, numa mesa digital, o processo de ocupação desde os indígenas e com artefatos de diferentes culturas presentes.
A seção três, “Florianópolis, Presente e Futuro”, pretende debater o que esperar da cidade amanhã com vídeos sobre empoderamento feminino, especulação imobiliária, mobilidade urbana, ecossistema e conservação, direito à cidade e plano diretor.
A interatividade do espaço fica por conta da maquete tátil do município, ela apresenta todo o relevo da cidade e o único elemento não-natural é a Ponte Hercílio Luz.
De acordo com a museóloga Cristiane Maria Dalla Nora, o espaço tem em sua composição o elemento lúdico da água, já que ele representa uma cidade rodeada pelo mar. Além disso, ele mostra toda a história da cidade por meio dos três nomes que já teve: Meiembipe, Desterro e, agora, Florianópolis.
Envolvimento com a história 4n54l
A gerente do Museu de Florianópolis Prefeito Sérgio Grando, Selma Junkes, explica que a importância desse espaço se dá por ser o único que fala unicamente da Capital.
“Esse espaço hoje permite o encantamento e envolvimento com a história de Florianópolis, ando por diversas esferas. A cidade é de todos e o museu mostra isso de diversas formas”.
Para a conclusão da obra do museu, a Fecomércio, por meio do Sesc, que istra o local, investiu R$ 3 milhões. Para o vice-presidente do Sesc Santa Catarina, Emílio Schramm, esse é um presente para a cidade.
“Uma das nossas obrigações é retribuir a cidade e esse local deve impressionar qualquer visitante. Foi minha primeira vez aqui e estou fascinado”, ressaltou Schramm.
Parceria público-privada 5v5y59
A revitalização do espaço foi possível por meio de parceria da Prefeitura de Florianópolis e o Sesc-SC. Conforme o secretário Municipal de Cultura, Esporte e Lazer, Ed Pereira, outros espaços históricos podem ser transformados na cidade.
“Nós temos alguns outros espaços que precisamos fazer essas parcerias entre o setor público e o privado para que a gestão seja viável para todos. Hoje não adianta apenas entregarmos uma obra revitalizada sem a parceria de alguma entidade.”