
Com música, tudo pode ficar melhor — inclusive o aprendizado. Para evidenciar a riqueza da cultura brasileira, a rede pública de ensino de Santa Catarina abriu as portas para o Projeto Música nas Escolas. Em sua 18ª edição, a iniciativa leva a música erudita para a comunidade da região de Florianópolis. Com um público estimado de 9 mil pessoas, alunos, professores, pais e funcionários das escolas públicas terão a oportunidade de ter o contato – muitos pela primeira vez – com instrumentos tradicionais de orquestra como o contrabaixo acústico, violoncelo e violino.
Ananias Alves de Almeida, violonista clássico e idealizador, comemora o sucesso do projeto. “As escolas e a comunidade são beneficiadas pelo contato com uma nova perspectiva da arte e da cultura brasileira. É um momento de novas descobertas para cada jovem. É um privilégio fazer parte disto”, reforça Ananias.
Para a iniciativa alcançar tantas pessoas, cinco profissionais assumiram o compromisso com o projeto. A produção de Ananias Almeida, que lidera os concertos, é acompanhada por piano, violino, viola de orquestra e violoncelo. Por meio desta experiência, além da apresentação musical, os estudantes conferem de perto os instrumentos tradicionais de orquestra, assim como aprendem sobre as peças, seus compositores e o processo de criação de cada uma delas.

Os concertos apresentam trechos de músicas clássicas de forma didática e peças de consagrados compositores da música brasileira como Carlos Gomes, Pixinguinha e Chiquinha Gonzaga. Uma curiosidade que costuma surpreender o público é a versatilidade do violão que, embora seja um instrumento popular, possui um lugar de destaque no gênero erudito.
Para o recital ficar completo, Ananias Almeida ensina sobre a formação e a composição de uma orquestra. Neste momento, os alunos descobrem que em uma orquestra há quatro tipos de naipes de instrumentos: cordas, madeira, metais e percussão. Mais do que explicar, cada músico mostra o naipe das cordas completo ao vivo e em cores. Com olhos curiosos e ouvidos atentos, a plateia aprende sobre expressões da linguagem universal da música como “repertório”, “spalla”, “naipes” e “movimentos”.

Parcerias que fazem a diferença s1a5j

Para levar conhecimento de qualidade e gratuito mais longe, a iniciativa contou com o e de diferentes instituições. O Governo do Estado de Santa Catarina, através da Secretaria de Educação do Estado e das Coordenadorias Regionais de Educação, conecta o projeto às unidades de ensino. Há também o apoio do PIC (Programa de Incentivo à Cultura), da Fundação Catarinense de Cultura e do Governo do Estado de Santa Catarina. As empresas Havan, Tigre, ICRH (Instituto Carlos Roberto Hansen) e Ciser patrocinaram o projeto.
Por meio do PIC as empresas podem destinar parte de seu ICMS para propostas culturais e, assim, receberem abatimento integral do valor aportado. Atualmente, o PIC é, comprovadamente, o melhor mecanismo de apoio à cultura do país. Através do programa, as empresas podem destinar 7%, 10% e até 15% do imposto a pagar e abater 100% do valor patrocinado – e ainda colocar a marca no material de divulgação do projeto. O PIC é um importante conquista para o setor cultural e coloca Santa Catarina na vanguarda do fomento à cultura e na democratização do seu o.