Saiba quais são os seis novos bens culturais de Criciúma que devem ser tombados 96d5y

Iniciativa faz parte de um TAC, firmado pelo MPSC e o município, que também prevê a restauração integral do Museu Municipal Histórico e Geográfico Augusto Casagrande 6f3j65

Imagem da Praça Abelle Colle, que abriga o Museu Municipal Histórico Geográfico Augusto Casagrande, um dos bens culturais de CriciúmaPraça Abelle Colle abriga o Museu Municipal Histórico Geográfico Augusto Casagrande, um dos bens culturais de Criciúma – Foto: Talita Grassi Crecencio/MPSC

Seis bens culturais de Criciúma devem ser tombados em função do valor histórico  à cidade. Além disso, o Museu Municipal Histórico e Geográfico Augusto Casagrande será integralmente restaurado. As medidas foram firmadas por meio de um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta), celebrado em 7 de maio, entre a 9ª Promotoria de Justiça da Comarca e o município.

Conforme o MPSC (Ministério Público de Santa Catarina), o município se comprometeu, no prazo de três meses, a dar início ao processo de tombamento de seis novos bens culturais de Criciúma. O levantamento dos locais de valor histórico para a cidade foi feito em parceria com a FCC (Fundação Cultural).

Os bens culturais de Criciúma que devem ser tombados 6q6d6h

Mosaico Operário Industrial da SATC (Colégio SATC), um dos bens culturais de Criciúma - Talita Grassi Crecencio/MPSC
1 6
Mosaico Operário Industrial da SATC (Colégio SATC), um dos bens culturais de Criciúma - Talita Grassi Crecencio/MPSC
arela da Antiga Estação Ferroviária (bairro Milanese) - Talita Grassi Crecencio/MPSC
2 6
arela da Antiga Estação Ferroviária (bairro Milanese) - Talita Grassi Crecencio/MPSC
Monumento das Etnias - Memorial Dino Gorini (Parque Centenário) - Talita Grassi Crecencio/MPSC
3 6
Monumento das Etnias - Memorial Dino Gorini (Parque Centenário) - Talita Grassi Crecencio/MPSC
Casa do Agente Ferroviário Mário Ghisi (bairro Centro) - Talita Grassi Crecencio/MPSC
4 6
Casa do Agente Ferroviário Mário Ghisi (bairro Centro) - Talita Grassi Crecencio/MPSC
 Mina de Visitação Octávio Fontana (bairro Naspolini) - Talita Grassi Crecencio/MPSC
5 6
 Mina de Visitação Octávio Fontana (bairro Naspolini) - Talita Grassi Crecencio/MPSC
Capelinha de Nossa Senhora Aparecida (Vila Anzolin, bairro Sangão) - Talita Grassi Crecencio/MPSC
6 6
Capelinha de Nossa Senhora Aparecida (Vila Anzolin, bairro Sangão) - Talita Grassi Crecencio/MPSC

“A gente selecionou espaços, lugares de memória da cidade que são muito importantes e que fazem parte da construção história do município. São locais muito importantes, dos quais teremos, então, o tombamento e, ainda mais, a preservação”, relatou a presidente da FCC, Cristiane Maccari Uliana Fretta.

Sobre o Museu Augusto Casagrande 3r28

O acordo proposto pelo MPSC também estabelece ações compensatórias em razão dos danos irreversíveis causados à Praça Abelle Colle, um bem tombado, durante obras de revitalização realizadas sem observância dos trâmites legais e sem a devida preservação das características originais. Esse local abriga o Museu Augusto Casagrande, também tombado, que teve a estrutura preservada, mas exige restauro.

Inaugurado em 1920, o prédio que hoje abriga o museu é conhecido como “Casarão”. A construção foi doada ao município pela família Casagrande em 1980, durante as celebrações dos cem anos do município. O imóvel foi lar do casal de imigrantes italianos Augusto Casagrande e Cecília Darós, que ali criaram seus 15 filhos.

Praça Abelle Colle após revitalizaçãoMuseu Augusto Casagrande, um dos bens culturais de Criciúma, preserva um acervo com 1,3 mil peças – Foto: Talita Grassi Crecencio/MPSC

Atualmente, o museu preserva um acervo com cerca de 1,3 mil peças, com documentos, fotografias, artefatos indígenas e objetos pessoais e domésticos que contam parte da história de Criciúma e os aspectos marcantes da colonização. O local é cadastrado no Instituto Brasileiro de Museus, que reconhece o título.

Entre as medidas previstas no TAC está a elaboração e execução de um projeto completo de restauração do museu, que contempla intervenções no telhado, forro, piso, pintura, instalações elétricas, sistema de climatização, reforma de mobiliário histórico e melhorias na ibilidade, como a instalação de painéis em braile e totens com recursos de áudio.

O projeto deverá ser apresentado em até nove meses e as obras devem ser concluídas no prazo máximo de 30 meses. Veja os prazos:

No prazo máximo de 15 meses, o município deverá dar início às obras de restauro do museu, apresentando cronograma para execução de cada etapa do projeto, não havendo qualquer impedimento à restrição de o ao bem se assim for necessário para a execução deste.

  • No prazo máximo de 30 meses, deverá concluir as obras de restauro do museu, executando integralmente o projeto apresentado.
  • Antes de iniciar as atividades de restauração, deverá fixar em local visível uma placa informando que a obra de restauração do museu foi realizada em cumprimento ao termo de compromisso de ajustamento de conduta, visando à preservação do patrimônio cultural como forma de compensação pela descaracterização irregular da praça no seu entorno.
  • Deverá, no prazo de três meses, deflagar o processo de tombamento dos bens culturais citados anteriormente na matéria.
  • No prazo de nove meses, deverá concluir o processo de tombamento dos referidos bens culturais.
  • Deverá comprovar o cumprimento de cada uma das obrigações assumidas, dentro dos prazos estabelecidos no TAC e independentemente de prévia notificação, encaminhando ao Ministério Público relatórios circunstanciados, instruídos com os documentos que os embasam e registros fotográficos.

“Por meio do inquérito civil nós constatamos que, de fato, a praça ou por essa reforma sem respeito às características originais, e isso, no entender do Ministério Público, causou um dano ao patrimônio histórico e cultural de Criciúma. Considerando que a reforma já estava consolidada e não seria possível o retornar ao estado anterior, buscamos uma solução consensual”, explicou a promotora de Justiça, Diana da Costa Chierighini.

Fachada do Museu Augusto Casagrande, em Criciúma, no Sul de Santa CatarinaPrazo para dar início aos reparos é de 15 meses – Foto: Talita Grassi Crecencio/MPSC

O TAC prevê, ainda, multa diária de mil reais em caso de descumprimento das obrigações assumidas, com valores revertidos ao FRBL (Fundo para Reconstituição de Bens Lesados) do Estado de Santa Catarina. A execução e fiscalização do acordo será acompanhada pelo MPSC em um procedimento istrativo, com exigência de relatórios periódicos e documentação comprobatória.

Com a do termo, MPSC se comprometeu a não adotar nenhuma medida judicial contra o município relacionada a esses fatos, desde que o acordo seja integralmente cumprido.

Participe do grupo e receba as principais notícias
de Criciúma e região na palma da sua mão.
Entre no grupo Ao entrar você está ciente e de acordo com os
termos de uso e privacidade do WhatsApp.
+ Recomendados
+

Cultura 3y681o

Cultura

15 fotos icônicas que marcaram a carreira de Sebastião Salgado 2d323g

Em mais de 50 anos de trajetória, as fotos de Sebastião Salgado revolucionaram o fotojornalismo e se ...

Cultura

FOTOS: Por que Sebastião Salgado só fotografava em preto e branco? Entenda a escolha 6g623a

Aclamado mundialmente, Sebastião Salgado usava o preto e branco para intensificar emoções, evitar di ...

Cultura

Itajaí celebra Virada Afrocultural com 12 horas de programação 4i304y

4ª Virada Afrocultural terá apresentações musicais, de capoeira, feira de artesanato e feijoada trad ...

Cultura

Saiba como Sebastião Salgado se tornou ativista contra mudanças climáticas 2f591c

Fotógrafo realizou exposições focadas em temas como aquecimento global, preservação da Amazônia e de ...

Cultura

Ícone da fotografia, Sebastião Salgado morre aos 81 anos on4i

Fotógrafo brasileiro Sebastião Salgado ficou conhecido mundialmente pelo seu trabalho, que aborda os ...