Azul vê prejuízo ajustado disparar para R$ 1,82 bi no 1º tri, mesmo com receita recorde – Foto: Instagram/ReproduçãoA Azul (AZUL4) registrou prejuízo líquido ajustado de R$ 1,82 bilhão no primeiro trimestre de 2025, número 5,6 vezes maior que o prejuízo de R$ 324,2 milhões anotado no mesmo período do ano ado. O forte aumento nas perdas ocorre apesar do crescimento de 15,3% na receita líquida, que atingiu R$ 5,39 bilhões, o melhor desempenho da companhia para um primeiro trimestre.
No critério contábil, o balanço apontou lucro líquido de R$ 783,1 milhões, revertendo o prejuízo de R$ 1,1 bilhão registrado um ano antes. A discrepância entre os dois números se dá por ajustes relacionados a efeitos não recorrentes.
Azul sente impacto do dólar e do combustível no 1º tri 2vr6b
O Ebitda da Azul recuou 2,1%, somando R$ 1,385 bilhão, com margem Ebitda caindo para 25,7%, 4,6 pontos percentuais abaixo do resultado de 2024. A aérea atribui a queda à desvalorização de 18% do real frente ao dólar, à alta de 3% nos preços do combustível e à inflação acumulada de 5,5% nos últimos 12 meses.
O custo operacional por assento-quilômetro disponível (CASK) subiu 8%, refletindo também o aumento de 33% nas despesas com depreciação e amortização, devido ao crescimento da frota.
Receita da Azul cresce com demanda aquecida 1h5114
A receita com transporte de ageiros somou R$ 5 bilhões, avanço de 15,2% na comparação anual. Já a receita com cargas e outros serviços aumentou 17,3%, para R$ 377 milhões. O CEO da Azul, John Rodgerson, destacou que a empresa continua se beneficiando de um ambiente de demanda sólida e de receitas auxiliares robustas.
Segundo ele, a produtividade da empresa aumentou 19% em ASK (assentos-quilômetro oferecidos) por força de trabalho equivalente, enquanto o consumo de combustível por ASK caiu 2,5%, reflexo da entrada de aeronaves mais eficientes na frota.
Mesmo diante do prejuízo bilionário ajustado, a Azul afirma manter seu foco na expansão para mercados pouco explorados – Foto: Reprodução/NDEstratégia de rotas exclusivas 2v1o2z
Mesmo diante do prejuízo bilionário ajustado, a Azul afirma manter seu foco na expansão para mercados pouco explorados. Rodgerson reforçou que 82% das rotas da empresa são exclusivas e que a aérea conecta mais de 150 destinos no país. “Enquanto nossos dois principais concorrentes se concentram em três cidades, temos uma malha única que cobre regiões em rápido crescimento”, afirmou.
*Com informações do Estadão Conteúdo
