O primeiro caminhão elétrico da Volkswagen circulando no mundo foi fabricado na Alemanha, mas com motor produzido pela WEG em Santa Catarina. O grupo industrial, líder mundial na fabricação de motores elétricos, com sede em Jaraguá do Sul, tem o domínio de toda a cadeia de produção, incluindo, as baterias. Investe pesado em energias renováveis.

Estas e outras preciosas informações sobre os desafios da transição energética foram transmitidas pelo Diretor de Sustentabilidade e Relações Institucionais da WEG, Daniel Godinho, durante o Fórum Radar Reinvenção, que debateu na Fiesc os desafios da neoindustrialização.
Em brilhante palestra, com dados técnicos e informações novas sobre os carros elétricos, Godinho revelou que 50% dos carros vendidos hoje na Alemanha são elétricos. E que esta é uma tendência universal.
Disse que a chave para a concretização da transição energética é a bateria. E o Brasil tem todas as condições para assumir papel importante no mercado internacional.
Neste momento, apenas a China produz célula de bateria de lítio, em condições competitivas. Mas as pesquisas indicam que esta é uma grande oportunidade para o Brasil entrar no mercado, porque tem grandes reservas de níquel e manganês, os insumos.
O lítio existente no Vale do Jequitinhonha é vendido para a China, que o utiliza na fabricação de baterias, e retorna ao Brasil 1000% do valor.
O Brasil já é o segundo maior fabricante de ônibus elétrico do mundo. Para ampliar o mercado basta apenas linhas de financiamento.
A produção de baterias de lítio e fabricação de veículos elétricos representa uma excepcional oportunidade para a indústria brasileira vender o produto no mercado interno, mas também conquista os Estados Unidos.
O Fórum foi aberto pelo presidente da Fiesc, Mário Cezar de Aguiar, e encerrado pelo vice-presidente Geraldo Alckmin, com mensagem de otimismo a economia e elogios aos industriais catarinenses.
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