Cesta básica em Florianópolis custa quase 60% do salário mínimo, aponta relatório 586dr

Capital catarinense fechou 2024 como a segunda cesta básica mais cara do Brasil; leite integral teve alta em todas as capitais analisadas pela pesquisa 441o

O relatório mensal divulgado pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) colocou Florianópolis como a segunda capital com a cesta básica mais cara do Brasil em dezembro de 2024. Com elevação de 1,23% em comparação a novembro do ano ado, o valor da cesta básica na capital catarinense foi de R$ 809,46, que representa 57,33% do salário mínimo.

Florianópolis fechou 2024 como a segunda capital com cesta básica mais cara do BrasilFlorianópolis fechou 2024 como a segunda capital com cesta básica mais cara do Brasil – Foto: Divulgação/Secom Itajaí/ND

É o sétimo mês seguido que Florianópolis ocupa a segunda posição com o valor mais elevado entre as capitais. Entre novembro e dezembro de 2024, o preço da cesta subiu em 16 cidades, com destaque para Natal (4,01%), Aracaju (3,90%), Vitória (2,88%). O Dieese analisa o custo em 17 capitais.

Na análise dos 12 meses de 2024, as maiores elevações acumuladas foram registradas em João Pessoa (11,91%), Natal (11,02%) e São Paulo (10,55%). Em Florianópolis, a alta foi de 6,72%.

Florianópolis fecha 2024 como segunda cesta básica mais cara do Brasil; veja ranking l1rt

  1. São Paulo: R$ 841,29 a cesta básica, com alta de 1,56% em comparação com o mês anterior;
  2. Florianópolis: R$ 809,46, com alta de 1,23%;
  3. Porto Alegre: R$ 783,72, com alta de 0,39%;
  4. Rio de Janeiro: R$ 779,84, com alta de 0,28%;
  5. Campo Grande: R$ 770,35, com baixa de 0,27%;
  6. Vitória: R$ 747,42, com alta de 2,88%;
  7. Brasília: R$ 743,19, com alta de  0,13%;
  8. Curitiba: R$ 741,90, com alta de 0,34%;
  9. Goiânia: R$ 732,50, com alta de 0,67%;
  10. Belo Horizonte: R$ 694,77, com alta de 1,15%.

Altas nos preços dos produtos 1p3x43

Leite integral 6o1ej

O preço do leite integral subiu em todas as capitais entre dezembro de 2023 e o mesmo período de 2024, com altas que variaram de 8,37%, no Rio de Janeiro, a 23,36%, em Aracaju.

Leite integral teve alta em todas as capitais analisadas pelo DIEESE em 2024 Leite integral teve alta em todas as capitais analisadas pelo Dieese em 2024 – Foto: Prefeitura de Itajaí/Divulgação/ND

Café em pó 5a3y1o

O café em pó registrou variações positivas em todas as cidades em 2024. As oscilações ficaram entre 31,60%, em São Paulo, e 62,56%, em Belo Horizonte.

Óleo de soja 381hs

O óleo de soja também teve o valor elevado em todas as capitais. As altas ficaram entre 22,98%, em Vitória, e 45,63%, em Aracaju.

Prateleira de óleo de soja no mercadoÓleo de soja teve alta em todas as 17 capitais analisadas ao longo de 2024 – Foto: Reprodução/ND

Arroz 2u4s1u

O valor do quilo do arroz agulhinha apresentou alta em todas as cidades entre dezembro de 2023 e dezembro de 2024. As variações ficaram entre 4,72%, em Aracaju, e 20,93%, em Salvador.

Pão francês 2x45j

O valor médio do pão francês ficou maior em 14 cidades, com variações entre 0,84%, em Natal, e 8,75%, em Campo Grande. Houve queda em Aracaju (-4,61%) e Recife (-0,45%).

Banana 21j3p

O preço da dúzia da banana (prata e nanica) foi maior em dezembro de 2024, quando se compara com o mesmo mês de 2023. As elevações mais expressivas ocorreram no Nordeste, onde a banana-prata é mais comum, com destaque para Recife (18,18%), João Pessoa (16,58%) e Natal(14,72%).

Cacho de bananas em caixa de madeiraPreço da banana teve alta, com destaque para os estados do Nordeste – Foto: Istock/ND

Feijão-preto m6w1b

O preço do feijão tipo preto, pesquisado nas cidades do Sul, em Vitória e no Rio de Janeiro, acumulou alta de 3,63%; em Florianópolis, a alta foi de 2,00%. Já em Porto Alegre (-1,67%) e no Rio de Janeiro (-0,73%), houve redução no período analisado.

Açúcar 1j5l57

O valor médio do açúcar aumentou em nove capitais, com destaque para Brasília(8,79%), João Pessoa (6,84%) e Aracaju (3,69%); permaneceu estável em Fortaleza; e diminuiu em outras sete cidades, com destaque para Belém (-10,55%).

Quedas nos preços dos produtos 1y73p

Batata 6d13l

Entre dezembro de 2023 e dezembro de 2024, o preço médio do quilo da batata, pesquisada no Centro-Sul, apresentou redução em nove das dez cidades, com destaque para Belo Horizonte (-21,91%), Rio de Janeiro (-21,62%) e Florianópolis (-20,28%). A alta ocorreu em São Paulo (4,41%).

Saco de batatasBatata teve queda de -20,28% em Florianópolis entre dezembro de 2023 e dezembro de 2024 – Foto: Freepik/Reprodução

Farinha de trigo 3c6g3d

Em 12 meses, o valor médio da farinha de trigo apresentou queda em quase todas as cidades do Centro-Sul, onde o preço é pesquisado. As variações mais importantes foram registradas em Vitória (-16,48%), Rio de Janeiro (-11,76%) e Porto Alegre (-7,03%).

Tomate 1kq5q

O valor médio do quilo do tomate diminuiu em 13 cidades no período analisado. Os percentuais oscilaram entre −49,73%, em Florianópolis, e −3,09%, em Aracaju. As elevações foram verificadas em Natal (20,77%), João Pessoa (17,77%), Vitória (9,16%) e Recife (3,30%).

TomatesQuilo do tomate teve queda em 13 das 17 capitais analisadas – Foto: Canva/Divulgação/ND

Cesta básica custa em média mais de 50% do salário mínimo 202p2f

O Dieese também realiza uma comparação entre o valor da cesta básica e do salário mínimo. Em dezembro de 2024, o tempo médio necessário para adquirir os produtos da cesta básica foi de 109 horas e 23 minutos, levando em conta o preço da cesta nas 17 capitais analisadas. Em novembro, a jornada necessária foi calculada em 107 horas e 58 minutos.

Quando se compara o custo da cesta e o salário mínimo líquido, ou seja, após desconto referente à Previdência Social, nota-se que o trabalhador remunerado pelo piso nacional comprometeu, em dezembro de 2024, 53,75% do rendimento para adquirir os produtos. Em novembro, os mesmos produtos demandaram 53,05%.

Em Florianópolis, em que a cesta básica custou R$ 809,46 em dezembro, é necessário gastar 57,33% do valor do salário mínimo para realizar a compra dos produtos da cesta.

Florianópolis tem a segunda cesta básica mais cara do Brasil 2d1951

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