É, nem o pão escapou de ficar mais caro! O trigo está em fase final de colheita em Santa Catarina e deve ter uma redução de 28% na produção por conta das fortes chuvas que assolaram outubro. Os dados foram divulgados no último domingo (19), pela Epagri (Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina).

Conforme o órgão, além da redução da produtividade, o grão de trigo também terá sua qualidade comprometida. Esse fator é determinante na remuneração do produtor, que segundo a Epagri será afetada diretamente.
Produtores de trigo receberão 3,76% a menos em relação ao mês de setembro 1w5j13
Ainda, conforme o boletim agropecuário de novembro desenvolvido pela Cepa (Centro de Socioeconômica e Planejamento Agrícola), os preços médios recebidos pelos agricultores de trigo continuaram a cair durante o mês de outubro, com redução de -3,76% em relação ao mês anterior.

Se comparar os 12 meses do ano, em termos nominais, os preços recebidos pelos produtores de trigo em outubro deste ano estão 40% a baixo dos valores registrados no mesmo período de 2022.
Ainda conforme o boletim, além do trigo, outras culturas também sofreram com o forte volume de chuvas que acometeram o Estado nas últimas semanas.
Além do pão, outros alimentos vão ficar mais caro! Arroz precisará ser replantado em algumas regiões do Estado 3e646
Em função das chuvas das últimas semanas, algumas áreas deverão ser replantadas, especialmente no Alto Vale do Itajaí.
Nas demais regiões do Estado, os prejuízos ainda são pontuais e as lavouras tendem a se recuperar até o final do ciclo.

Segundo a Epagri, a estimativa de produção do arroz em Santa Catarina para a safra 2023/24 é de 1,245 milhões de toneladas em casca.
Contudo, a demanda do setor gira em torno de 1,5 milhão de toneladas. Essa diferença será suprida pela produção de países do Mercosul (Uruguai e Paraguai) e também pelo Rio Grande do Sul.
Safra de feijão incerta para os produtores do Sul do País 395c55
Nessa safra, o clima será o fator fundamental para a formação de preços. Com uma safra incerta no Sul do País, produtores e compradores têm dificuldade para determinar preços.
Outro aspecto importante está relacionado à qualidade do produto colhido, que devido excesso de umidade, está suscetível ao aparecimento de doenças.
Os produtores, contudo, estão tendo dificuldades em realizar os controles fitossanitários devido ao excesso de chuvas e da umidade no solo, dificultando a entrada nas lavouras.
Redução de 4,1% na área plantada de milho em Santa Catarina 732y29
Os primeiros números mostraram uma redução de 4,1% na área cultivada na primeira safra de 23/24. A atualização da previsão no início de novembro para a safra 23-24 faz uma revisão da produtividade de 8,83 tonelada por hectare para 8,41 toneladas.

As condições climáticas do início da safra reduzem a assertividade e previsão do rendimento inicial, pois o excesso de chuvas que inundaram as lavouras já em desenvolvimento atrasaram o plantio e estão dificultando outros processos das lavouras.
Outro fator que reduz o potencial produtivo são os dias nublados que impedem a fotossíntese. Você pode acompanhar o boletim completo da Epagri neste link.