A cidade de São José completa neste domingo (19) 273 anos de existência. O desembarque de 180 casais de açorianos, que se estabeleceram ao longo da orla e desbravaram o interior do continente, deu início ao município que hoje tem 287.409 habitantes, é o terceiro em geração de empregos, o quarto IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) catarinense, a sexta economia do Estado e continua crescendo.
Uma parte da expansão geográfica da cidade se deu de forma rápida e espontânea, com as pessoas chegando e ocupando as terras, primeiro ao longo do litoral e depois da implantação das rodovias federais – BRs 101 e 282 –, se instalaram às margens das estradas. Hoje, o crescimento continua, mas de uma forma organizada e controlada pelos órgãos públicos, que evitam a ocupação de lugares sujeitos a incidentes naturais, como cheias e desmoronamento.

Tentar corrigir ou minimizar os efeitos atuais do crescimento ocorre há mais de dois séculos e é o desafio dos es que se sucedem à frente da Prefeitura de São José. É o caso do atual prefeito, Orvino Coelho de Ávila, que tem na mobilidade urbana uma de suas principais áreas de atuação.
Uma série de iniciativas está sendo colocada em prática pela prefeitura para regularizar a situação de moradores que no ado construíram suas residências de forma autônoma, sem obedecer a critérios técnicos, em terrenos que não foram regularizados. Atualmente está em andamento a regularização fundiária, em obediência à legislação federal, em dois grandes núcleos populacionais, Morar Bem e Vila Formosa, que reúnem mais de 1.200 famílias.
Na questão das construções e ampliações já concluídas sem atender os critérios técnicos exigidos pelo Código de Posturas, a prefeitura oferece desde 2021 o Procic (Programa de Regularização de Obras e Construções Irregulares ou Clandestinas). O processo prevê a elaboração de projetos do imóvel, que são analisados pelo setor técnico da prefeitura e, se aprovado, será regularizado, ficando o proprietário apto a conseguir a venda por financiamento bancário, o aumento do valor de mercado do imóvel e a documentação definitiva.

Caminho aberto à mobilidade de um ponto a outro da cidade
O secretário de Infraestrutura, Nardi Arruda, anunciou que há três projetos de duplicação de vias que servem de corredores de integração nos bairros, como a rua Killiano Hames, em Potecas; a rua Antônio Jovita Duarte entre as ruas Vereador Arthur Manuel Mariano e a avenida Lisboa, em Forquilhas; e a avenida das Universidades, que liga a SC-281 ao bairro Forquilhinhas, por trás do supermercado Bistek.
Estas três obras integram o projeto principal que é a construção da avenida Beira Rio e ajudarão a melhorar o deslocamento dos moradores daquela região. Estes projetos, porém, dependem de financiamento externo para serem executadas. Apenas a avenida Beira-Rio já está em execução e a programação prevê que o primeiro trecho, entre a rodovia SC-281 e a rua Antônio Jovita Duarte, seja inaugurado ainda este ano.

Dos os iniciais até o futuro
Os açorianos que se dirigiram para São José da Terra Firme se estabeleceram na enseada da baía de São José, e nos anos seguintes ergueram uma igreja, os prédios públicos, estabelecendo a sede da Freguesia. Depois do tempo de aclimação, os colonizadores aram a trabalhar na agricultura e na cerâmica, aprendendo a cultura dos povos originais que habitavam a região – os Carijós -, e daí a localidade se tornou referência na produção agrícola, fornecendo produtos para a vila de Nossa Senhora do Desterro, na Ilha de Santa Catarina, e para outras localidades no interior da província, especialmente na região serrana.
Porém, no início do século 20, decisões governamentais tiraram de São José o protagonismo econômico da região e durante algumas décadas o município ou a ser uma “cidade-dormitório” de Florianópolis e mais uma localidade ao longo da rodovia BR-101.
Outras mudanças da legislação vieram a beneficiar o município, quando as indústrias ficaram impedidas de funcionar e se instalar na Ilha de Santa Catarina vindo, até por motivos logísticos, se instalar em São José, inaugurando um novo ciclo econômico, que agora é solidificado pelos avanços tecnológicos e com a preocupação dos técnicos da Prefeitura de São José em facilitar a vida dos empresários já instalados e aqueles que querem ir para o município, desburocratizando os processos istrativos.