Pelo menos três reuniões ocorreram, nesta última semana, entre um dos gabinetes de Conselheiro do Tribunal de Contas do Estado e o Governo de Criciúma. Tudo isso para encontrar um denominador comum, sem ressalvas do órgão fiscalizador, para processo istrativo de obra de revitalização da rodovia Luiz Lazzarin, uma das mais movimentadas na cidade e que está em condições precárias.

O município abriu um edital com preço patamar de R$ 16 milhões e que teve a proposta vencedora em R$ 12,7 milhões, mas o Tribunal de Contas orientou revisão dos valores e tipo de planilha utilizada. O TCE sugeria que havia uma estimativa acima do preço médio para obra deste tipo, leia-se um erro na estimativa de valores. O fato ficou comprovado porque a empresa vencedora fixou valor bem menor.
Mesmo que o TCE não tenha determinado parar o processo, apenas corrigir a planilha e os valores, o governo municipal refez o edital mudando a planilha de compromissos da contratada. Isso fez com que a mesma empresa vencesse a disputa, porém com R$ 14 milhões.
Ficou a leitura de que a intervenção do TCE estava pedindo valor maior à obra. O questionado era os R$ 16 milhões do primeiro edital. Ao corrigir o município mergulhou o teto limite do edital em pouco mais de R$ 12 milhões. Desde o início, o TCE sugeria valor na casa dos R$ 14 milhões o que se confirmou com as propostas apresentadas no segundo edital.
Só após nova reunião, nesta terça-feira (12), técnicos podem ter chegado a um denominar comum. Mesmo assim o desfecho só deve ser conhecido na próxima sexta-feira (15), que é quando deve ser anunciado o novo caminho a ser tomado.
O fato é que as informações que chegaram distorcidas ao contribuinte de Criciúma deixaram a impressão que a intervenção do TCE estava deixando a obra mais cara. Combinado o que aconteceu ficou evidente de que antes o governo municipal superestimou – segundo o TCE – os valores, leia-se R$ 16 milhões, mas quando atendida a observação do TCE mergulhou o valor limite em R$ 12 milhões, menos R$ 4 milhões do estimado antes. Muto baixo portanto do que parece ser o real: na casa dos R$ 14 milhões.