Qual a primeira coisa que vem a sua mente quando você pensa em Florianópolis? A Ponte Hercílio Luz é um cartão-postal memorável, as praias são cheias de graça e as tradições do povo açoriano são parte crucial do nosso legado.
Além de tudo isso também estão alguns responsáveis por manter o espírito manezinho vivo de diferentes maneiras.
Exploram as diferentes características da cultura local, esses manezinhos são a cara de Florianópolis – Foto: Bruno Ropelato/ND
Conheça quatro ícones que são a cara da Ilha de Santa Catarina!
Benzedeira Dona Ondina 2r1n2y
Curando os males do corpo e do espírito
No sul de Florianópolis, Dona Ondina mantem a tradição viva desde os nove anos da idade – Foto: Arquivo/Marco Santiago/NDO Sul da Ilha tem uma figura emblemática que mantém uma tradição bastante associada aos manezinhos. Aos 90 anos, a Dona Ondina Maria de Siqueira é uma das poucas benzedeiras que seguem atuando no município.
Durante algum tempo, o ato foi considerado por muitos como a primeira opção de cura, especialmente quando o o à medicina não era tão fácil. A tradição, cultivada por Dona Ondina desde os nove anos, envolve muita fé e esperança. É uma forma diferente de livrar as pessoas de males do corpo e do espírito.
A manezinha, moradora do Ribeirão da Ilha, usa um rosário quando benze crianças de até dez anos. Já os mais velhos são benzidos com um colar de proteção, feito com sementes da planta lágrima-de-nossa-senhora.
Em função da pandemia, Dona Ondina está benzendo apenas remotamente. Por causa da idade, também restringiu os horários de atendimento, que já chegaram a 90 em um dia.
2. Dezarranjo Ilhéu 435u6n
Humor manezinho repleto de animação
Instagram: @dezarranjoilheu
O designer Douglas Pereira fundou o projeto Dezarranjo Ilhéu, com ilustrações e vídeos que une o humor manezinho e os expressões de Florianópolis – Foto: Arquivo/Rosane Lima/NDSe há algo que traduz muito bem o espírito manezinho são as expressões tradicionais da região, desde “segue reto toda vida” a “dázum banho”. E nenhum outro canal expressa isso de forma tão autêntica em imagens e vídeos originais como o Dezarranjo Ilhéu.
O projeto, criado pelo designer Douglas Pereira, teve início em 2014, como uma página no Facebook. O ilustrador viu o alcance dos posts aumentar e os desenhos viraram vídeos de animação, com típicos manezinhos interagindo e resgatando seus hábitos.
O bom humor sempre prevaleceu e os traços e diálogos cantados conquistaram não apenas florianopolitanos, mas simpatizantes de outras regiões. Hoje, o Dezarranjo Ilhéu tem quase 100 mil seguidores no Instagram e também é uma loja, repleta de souvenirs manezinhos. Côza linda!
3. Dona Bilica 30139
Uma rendeira que tece risadas há décadas
Instagram: @donabilica
A atriz Vanderleia Will interpreta a Dona Bilica, icônica personagem de Florianópolis – Foto: Arquivo/Daniel Queiroz/NDCom seu olhar astuto, visual característico e personalidade contagiante, a Dona Bilica é parte do nosso legado cultural há gerações. A personagem, vivida pela atriz Vanderleia Will, revigorou o cenário das apresentações locais nos anos 1990, dando vida aos trejeitos dos antigos nativos da Ilha de forma acentuada e, ao mesmo tempo, autêntica.
Bilica, uma rendeira e benzedeira, completou 30 anos de criação em 2022. O tempo só fez bem à personagem, que segue atuante, seja temendo o “vento súli” ou ando banha de porco no cabelo. Ela brilha em shows de stand up, intervenções e apresentações, de escolas a teatros.
Responsável por inspirar tantos outros atores a mergulhar suas performances no que há de mais cru neste povo, é uma força exemplar na preservação da cultura local.
4. Irmãos Miranda 1s6v64
Paródias ao estilo manezinho
Instagram: @irmaosmiranda_
Naturais de Florianópolis, os irmãos Jean e Lucas Miranda conquistaram mais de 200 mil seguidores com seus conteúdos humorísticos – Foto: DivulgaçãoA paixão por assistir a filmes desde pequenos fez com que dois irmãos transformassem esse hábito em um projeto engraçado e criativo. Foi assim que estourou o canal dos Irmãos Miranda, trazendo cenas de filmes com uma nova roupagem.
O diferencial? Uma dublagem manezinha substitui o áudio original, sobrepondo as falas dos personagens por dizeres tipicamente locais, em tom cantado. As paródias mudam totalmente o contexto das tramas, garantindo boas risadas.
Quem imaginaria que uma cena do romance “Casablanca”, de 1942, funcionaria tão bem com o casal protagonista conversando sobre a vacina contra Covid-19 e mencionando um lanche “podrão”?
A imaginação de Jean e Lucas Miranda não tem limites: enquanto o lutador Rocky virou um crossfiteiro na versão redublada, Forrest Gump se tornou um concurseiro. Além das dublagens, esquetes e paródias, a dupla também avançou para o stand up comedy.
