Aprender a língua Brasileira de Sinais é possível para 320 crianças da Escola do Futuro da Tapera, em Florianópolis. Com um Clube de Libras funcionando desde 2020, o colégio tem também seu nome em Libras grafitado na fachada do colégio e o alfabeto no muro lateral. De acordo com a direção da escola, a intenção é promover inclusão da comunidade surda através do estudo da linguagem.

A classe é oferecida a 140 crianças do 1º ao 5º ano do ensino fundamental e a 180 alunos dos anos finais. Para estes, o curso é oferecido no contraturno.
De acordo com nota da Secretaria Municipal de Educação de Florianópolis, o colégio possui o Clube de Libras, que é um espaço adequado para o ensino da modalidade linguística. A escola conta com professores e profissionais especializados no idioma.
As aulas em Libras na Escola do Futuro da Tapera acontecem desde 2020. A professora Vanessa Gonzato é surda e tem o apoio em sala de aula do intérprete Valdelúcio Marques.
Para a docente, o ensino de Libras garante a inclusão de pessoas com deficiência auditiva dentro e fora do ambiente escolar. “É visível o interesse de parte dos estudantes no momento da aula, sempre querendo conhecer mais sinais”, diz Vanessa.
“Os estudantes já relataram que gostam de aprender Libras, que pretendem usar quando encontrar um surdo, ou alguns têm parentes ou conhecidos surdos e querem ter uma comunicação mais efetiva”, completa.
O secretário municipal de educação, Maurício Pereira, ressalta a relevância do programa. “É de suma importância que todos da comunidade escolar possam ampliar seus olhares em relação à língua oficial das comunidades surdas”, afirma.
A diretora da escola, Melize Daniel, explica que há particularidades nos aspectos linguísticos do idioma. “Ela se diferencia do português na medida em que se apresenta na modalidade gestual-visual, portanto, composta de um conjunto de movimentos e expressões captados pela visão”, fala Melize.