Durante décadas, o sonho mais comum da molecada brasileira era ser jogador de futebol – até porque é o esporte mais popular do país e do mundo, até hoje é, provavelmente, o que grande parte das crianças e adolescentes almejam. Porém, um outro tipo de atividade herdou muito desse imaginário coletivo entre os mais jovens, que é ser gamer.

Brasileiros são apaixonados pelos jogos eletrônicos, sejam eles no celular, no computador ou nos consoles mais famosos. E esse amor cresceu no Brasil e no mundo com toda uma indústria que envolve a atividade: desenvolvimento, programação, marketing, entre outras áreas.
Crescimento esse que gira a indústria há mais de 20 anos e começou a conectar entusiastas de todo o planeta pela internet, gerando um mercado gigantesco para os jogadores dos chamados eSports.
Esportes x eSports: algumas diferenças e semelhanças 5o4k7
Para explicar melhor as oportunidades de carreira dos games, vamos fazer alguns comparativos com os esportes tradicionais. Afinal, são nossa referência desse mundo competitivo e alto rendimento – tanto que o próprio mercado de games se baseia nas práticas do esporte tradicional. Mas vale ressaltar que não estamos falando que um é melhor do que o outro.
Assim como há diversas modalidades no esporte, os eSports também são variados, por estilo de jogo: RPG, esportivos, tiros em primeira pessoa, aventuras em primeira pessoa, battle royalle, arena de batalha multiplayer etc.
Porém, uma diferença importante para quem quer ser gamer é que nos esportes eletrônicos cada jogo tem suas especificidades, mesmo dentro de um mesmo gênero, o que aumenta as possibilidades de “campo de trabalho”.
Por exemplo, futebol é futebol em qualquer lugar do planeta e toda a modalidade relevante – futebol de campo, beach soccer, futsal etc. – é regida pela FIFA.
Já os games são criados e gerenciados por empresas, ou seja, existem diversos jogos de batalha de arena e você pode ser craque em um e péssimo em outro. Se o jogo em que você é craque bombar, abre-se uma oportunidade maior de você ser um gamer profissional.
Porém, em questão de ganhos não é tão simples, e a concorrência é o primeiro ponto. Além disso, o mercado de games é bem mais novo que o dos esportes tradicionais, que têm décadas a mais de popularidade consolidada.
As várias marcas também dividem o público, fazendo com que os ganhos dos melhores do mundo nos jogos reais sejam bem maiores do que nos virtuais.
Messi, o atleta mais bem pago do futebol, ganha U$ 130 milhões por temporada com salário, marcas, patrocínios e outras coisas. LeBron James, da NBA (basquete), ganha U$ 121 milhões. Já os pro-players (como são chamados os jogadores profissionais de eSports) mais bem pagos do mundo não superam os U$ 10 milhões por ano.
Ser gamer é um estilo de vida 343g2o
Mas uma coisa que está inerente ao mundo gamer é o estilo de vida e todas as possibilidades que ele representa. Você não precisa ser, necessariamente, o melhor jogador para viver disso. Um exemplo são os streamers que trabalham com transmissões ao vivo e desenvolvendo conteúdos relacionados.
Essa galera é, geralmente, a que mais fatura nos negócios gamers – tirando os mega empresários donos dos jogos, é claro. PewDewPie é o gamer mais rico do mundo, com U$ 55 milhões, seguido por Ninja, com U$ 40 milhões.
No Brasil, o posto de gamer mais rico fica para Gaules, com U$ 2,8 milhões faturados entre 2019 e 2021. O sucesso dele é tanto que os esportes tradicionais aram a procurá-lo para transmitir competições.
Além disso, há diversas áreas a serem exploradas em jogos, como na comunicação, no desenvolvimento, no design e em outras partes importantes para se fazer, manter e popularizar um jogo. É possível trabalhar para uma empresa como gerente das comunidades online, ser um programador ou mesmo trabalhar na organização de eventos.
E esses são só alguns exemplos de tudo que abrange um mercado gigante e que cresce cada vez mais. Logo, quanto mais conhecimentos e estudos você tiver – não apenas do jogo em si –, maiores as chances de se tornar um profissional dos games.
Dicas para se tornar um pro-player yl1w
- O primeiro o é escolher um jogo ou grupo de jogos de que você gosta, então experimente muitos. Cada game vai ter sua especificidade, e virar um atleta de alto nível é ar por muita competitividade e momentos de estresse e dificuldade. Logo, vai ser necessária muita dedicação, então conhecer e gostar do que faz é fundamental. Conheça a fundo o mundo do jogo de que você gosta, como comunidade, streamers, notícias, fundamentos, entrevistas com os criadores, etc.
- Tenha disciplina para estudar, treinar sozinho, aplicar nas partidas online e nos jogos em grupo. Os jogadores de ponta dedicam horas de sua rotina para se desenvolver.
- Analise os grandes jogadores e os grandes torneios, leia e ouça os grandes técnicos e estrategistas. A gente aprende com os melhores, imitando e colocando em prática os ensinamentos de cada um destes que hoje estão no topo e já aram pelo que você está ando.
- Invista em equipamentos assim que possível. Sabemos que não é fácil, mas os equipamentos que você usa podem te ajudar a ter um diferencial com relação ao seu concorrente. Isso não é uma dica para iniciantes, já é um o à frente, quando estiver com uma caminhada mais consolidada, mas é importante pensar em investir na atividade, seja tempo, dedicação ou dinheiro.
- Cuide da mente: competição de alto rendimento é pressão, tanto externa quanto interna. Você vai viver situações novas e nem sempre confortáveis, então ter apoio e uma relação leve com sua atividade é essencial.