Imagine o seguinte: é dia de arrumação. Sua mãe acorda todo mundo cedo no fim de semana para fazer faxina, limpar os armários, dar uma geral na casa e escuta “que pena, vou ter que jogar fora”: é pote sem tampa, brinquedo quebrado, quadro que caiu do e.
Sempre tem algo que a gente não queria, mas acaba descartando – no reciclável, claro – por falta de uma coisinha. Imagine poder imprimir e consertar algo que iria fora, usando uma das impressoras 3D?

Bom, de uns anos pra cá, isso já não é tão novidade assim, pois as impressoras 3D estão ficando cada vez mais populares. Claro que esse foi só um exemplo do nosso dia a dia, mas é possível resolver problemas muito mais complexos do que esses.
Há quem considere as impressoras 3D como a quarta revolução industrial – e sua palavra-chave é personalização, pois, com ela dá para fazer muita coisa sob demanda: de peças de aeronaves a uma tampa de pote perdida.
Histórico e funcionamento 3q2166
Criada em 1984, nos Estados Unidos, a tecnologia foi se desenvolvendo aos poucos no início e sendo usada basicamente em indústrias. Em 2001, tivemos uma das primeiras impressoras 3D de mesa, mas apenas na última década é que ou a ser algo mais comum em pequenas empresas e trabalhadores autônomos.
Atualmente, ainda não é como uma impressão em papel, que sai em segundos. O processo demora e, quanto maior sua peça, maior o tempo para imprimir.
Mas o preço já é ível e encontram-se impressoras 3D por menos de R$ 2 mil, o que é relativamente barato – sem considerar os custos dos materiais, é claro.
Hoje, a grande maioria das máquinas usa polímeros (grupo de materiais do plástico, borracha, acrílico, nylon e vários outros) e funciona semelhante àquelas canetas 3D, com um desenho controlado por computadores camada a camada.
Os metais também podem ser utilizados, geralmente com lasers, mas esses, geralmente, em ocasiões industriais e com custo muito mais alto. Há materiais biodegradáveis também sendo estudados, pois o contato com a natureza é importante, além do uso da medicina em estudos bem avançados.
Coisas para o dia a dia com as impressoras 3D 305w70
Como no exemplo do início, as impressoras 3D podem fazer coisas simples como objetos pequenos ou utensílios para casa. Sabem aquelas bugigangas super práticas que a gente vê nos anúncios de aplicativos chineses?! Várias delas são feitas à base de impressora 3D.
Para explicar onde é possível encontrar essas produções, separamos três áreas que são aplicadas à tecnologia 3D e provavelmente você nem percebeu. Confira:
Brinquedos e decorações 5ct4
A indústria geek é muito forte no mundo das impressoras 3D e há vários modelos digitais de personagens para serem aplicados. De chaveiros pequenos até bonecos (os chamados action figures), tem diversas possibilidades e de vários personagens.
E nem precisa ser do universo dos super-heróis ou histórias de fantasia – imagine ter objetos do seu time do coração ou da sua série favorita. Possibilidades não faltam.
Medicina 4c1r3g
Na parte mais avançada, a medicina é um dos carros-chefe que impulsionam a tecnologia 3D. Justamente pela personalização, há diversos estudos desenvolvendo a criação de próteses, cartilagens e até de pele para enxertos.
Exemplo disso é que, em 2020, o timbre da voz de uma pessoa mumificada há mais de três mil anos foi reproduzido a partir de um modelo 3D do trato vocal. Há trabalhos com células já sendo desenvolvidos e a possibilidade de, no futuro, criar órgãos sob demanda para transplantes.
Aeroespacial 583p6q
Uma tecnologia chamada Sinterização Seletiva a Laser (SLS), utiliza um pó metálico bem fino e um laser para desenhar a peça necessária a partir do seu derretimento para formar o objeto, semelhante a uma solda.
É um processo muito preciso e utilizado na indústria automobilística e espacial, pois, além da precisão, diminui o custo e o tempo de confecção de objetos específicos.
Em 2020, a NASA noticiou que utilizou a tecnologia para algumas peças e cortou de um ano para um mês o tempo de produção. Um avanço e tanto para, quem sabe, a gente chegar a Marte em 1/12 do tempo esperado.