Olhando para os lados e observando amigos, professores e familiares, sempre encontramos exemplos de coragem, boas referências, pessoas e mensagens que nos motivam. A história de cada um é única e nada mais incrível do que buscar inspiração em quem iramos.

Isso também pode ocorrer quando nos deparamos com personagens, histórias e lugares que trazem todo esse entusiasmo e renovação. E o que não faltam são bons exemplos disso!
É hora de ir atrás de obras realmente inspiradoras, de livros a filmes e documentários, e absorver o que há de melhor em cada uma delas.
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“Que horas ela volta?” (2015), de Anna Muylaert (12 anos)
Essa preciosidade do cinema nacional é um retrato da realidade do Brasil contemporâneo. Dirigido por Anna Muylaert, traz Regina Casé como a empregada doméstica Val, que vê a rotina de sua vida mudar quando sua filha a a morar na casa onde trabalha.
É um filme sobre maternidade, empatia, família e violência entre classes, que permite ao espectador refletir também sobre as relações entre patrão e empregada.
“O menino do pijama listrado” (2008), de Mark Herman (14 anos)
A vida dos dois lados da cerca de um campo de concentração, em 1940, ganha um novo olhar nesse longa de ficção. Um menino judeu, que vive dentro desse espaço, conhece o filho de um oficial nazista e daí surge uma linda e inocente amizade.
Baseado no livro de John Boyne, a história desses garotos de oito anos coloca em perspectiva as desumanas condições às quais muitos povos foram submetidos.
“Central do Brasil” (1998), de Walter Salles (12 anos)
Estrelado por Fernanda Montenegro, esse clássico brasileiro mostra a jornada de uma ex-professora, que escreve cartas para analfabetos, após conhecer um garoto que acabou de perder a mãe.
O longa-metragem venceu o Globo de Ouro de Melhor Filme Estrangeiro e rendeu a Fernanda Montenegro uma indicação ao Oscar de Melhor Atriz.
Outras recomendações:
“O Menino Que Descobriu o Vento” (2019), de Chiwetel Ejiofor (12 anos).
“A Sociedade Literária e a Torta de Casca de Batata” (2018), de Mike Newell (12 anos).
“Estrelas Além do Tempo” (2016), de Theodore Melfi (10 anos).
“Narradores de Javé” (2003), de Eliane Caffé (Livre).
“Emicida: AmarElo – É Tudo Pra Ontem” (2020), de Fred Ouro Preto (12 anos).
“Morte e Vida Severina” (1977), de Zelito Viana (14 anos).
“Diários de Classe” (2017), de Maria Carolina da Silva e Igor Souza (12 anos).
“Ilha das Flores” (1989), curta de Jorge Furtado (10 anos).
“Baile” (2019), curta de Cíntia Domit Bittar (Livre).
“Vida Maria” (2007), curta de Marcio Ramos (Livre).
“Crisálida” (2019), série (14 anos).
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“O Fantástico na Ilha de Santa Catarina” (2012), de Franklin Cascaes
Todo o misticismo de Florianópolis ganha vida nas páginas desse clássico da literatura popular catarinense. De narrativas como “Eleição bruxólica” ao “Balé de mulheres bruxas”, essas 24 histórias, escritas entre 1946 e 1975, surgiram a partir de relatos colhidos pelo autor e resgatam a tradição açoriana e manezinha.
Além das bruxas, há casos de boitatás, lobisomens, negrinho do pastoreio e saci.
“Quarto de Despejo” (1960), de Carolina Maria de Jesus
As lutas vividas por uma catadora de papel tomam forma nas páginas deste livro, que resgata o cotidiano triste e cruel da vida em uma favela de São Paulo. Os relatos da autora, que morou na comunidade do Canindé com os três filhos, vêm em linguagem simples e tomados pelo realismo de quem viveu e sentiu uma dura realidade.
“Homens pretos (não) choram” (2022), de Stefano Volp
Essa coletânea de contos foi escrita durante o isolamento social e traz uma visão atual sobre a masculinidade do homem negro – o quão vulnerável ele tem espaço para ser? A ideia é colocar luz nos estereótipos pré-concebidos pela sociedade, que escondem medos, angústias e solidão.
Outras recomendações:
“Torto Arado” (2019), de Itamar Vieira Junior.
“Becos da memória” (2006), de Conceição Evaristo.
“Os supridores” (2020), de José Falero.
“Para diminuir a febre de sentir” (2020), de Dalva Maria Soares.
“O cidadão Incomum” (2013), de Pedro Ivo.
“Ilha de Santa Catarina 360º”, com fotografia de Denise Becker e poema de Cristina Belmonte.
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“Escolarizando o Mundo” (2010)
Esse documentário da cineasta Carol Black traz um olhar sobre os impactos da substituição das maneiras de aprendizado de culturas indígenas pelas das escolas tradicionais.
Os efeitos do ensino ocidental e da colonização dos povos indígenas são cercados de críticas e aqui trazem discussões mais amplas sobre o real papel da educação.
“Explicando – A Mente” – Episódio “Ansiedade” (2020) (14 anos)
O terceiro episódio da primeira temporada de “Explicando – A Mente” é um bom exemplo de como entender o funcionamento de tudo que desencadeia nossos pensamentos.
A minissérie da Netflix tem narração da atriz Emma Stone e, neste episódio, destrincha o que são os transtornos de ansiedade e traz os relatos de uma humorista sobre o Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC).
“Estou Me Guardando Para Quando o Carnaval Chegar” (2019) (10 anos)
A cidade de Toritama, em Pernambuco, é o cenário desse documentário de Marcelo Gomes. Lá são produzidas mais de 20 milhões de calças jeans anualmente – tudo em fábricas caseiras.
A produção frenética não para ao longo do ano, exceto em uma ocasião: no Carnaval, eles vendem as peças acumuladas e descansam na praia durante a semana de folga.
Outras recomendações:
“Cabra Marcado Para Morrer” (1984), de Eduardo Coutinho (12 anos).
“Leva” (2011), de Juliana Vicente e Luiza Marques (12 anos).