Imaginar a formação de cada planeta e a composição do Sistema Solar é algo comum, principalmente nas aulas de geografia. Mas você já parou para pensar nas camadas que compõem a Terra e nas substâncias que estão presentes em nosso planeta?

Diferentemente da maioria dos astros que estão próximos de nós, é importante lembrar que, assim como Mercúrio, Vênus e Marte, a Terra é rochosa — os outros corpos celestes são gasosos.
Mas como é feita a separação das camadas? O que é possível encontrar em cada uma delas? Confira as respostas!
Conhecendo as camadas da Terra 392v14
Mais do que aquilo que estamos acostumados a ver na superfície, existem outras particularidades do planeta que não estão visíveis, mas que direcionam o funcionamento do globo. Pensando de fora para dentro, existem três camadas: crosta terrestre ou litosfera, manto e núcleo.
O espaço em que vivemos é conhecido como crosta, com uma espessura que pode variar entre cinco e 70 quilômetros de profundidade, dependendo da localização e dos relevos do solo. Quartzo, alumínio, ferro, cálcio, magnésio, potássio e sódio são os elementos mais comuns neste espaço.
O manto pode ser dividido entre superior e inferior, sendo a camada mais espessa da Terra. A alta temperatura é a principal característica, chegando a 3.000°C próximo ao núcleo.
A elevação pode ser explicada pelo magma, componente que está no interior do planeta e atinge a superfície nos casos em que um vulcão entra em erupção — é nesse ponto que o magma a a ser chamado de lava. Ferro e magnésio também são elementos presentes na segunda camada.
O último é o núcleo, que pode ser dividido entre externo e interno. Com a presença do níquel e do ferro, as temperaturas ultraam a do manto. Por ser uma área de difícil o, ainda existem muitas descobertas a serem feitas sobre o núcleo.
Além da definição que conhecemos, também existem outras zonas que merecem atenção. “Outro detalhe importante são as descontinuidades, que são áreas de transição entre uma camada e outra. No caso do manto e da crosta, a separação acontece pela descontinuidade de Mohorovicic; o manto e o núcleo estão separados pela descontinuidade de Gutenberg”, explica a professora de geografia Iandra Borges.
Muito além da superfície 173o3d
Por mais que a vida aconteça na litosfera, camada em que estamos, existem diversos processos e atividades das demais zonas que podem afetar e até mesmo alterar a realidade. Terremotos, erupções e tsunamis são algumas das respostas que surgem quando algo se choca ou muda de lugar.
Mas a verdade é que o globo terrestre nem sempre foi assim, como conhecemos hoje.
“Há mais ou menos 250 milhões de anos, todos os continentes estavam unidos, formando um grande bloco continental chamado Pangea. Essa massa de terra começou a se separar há alguns milhões de anos, dando origem a Laurásia e Gondwana. Esse processo continuou até chegarmos nesta nossa configuração atual dos continentes”, esclarece Iandra.
Com a nova composição, uma movimentação pode abalar todo o planeta, tendo como exemplo a movimentação das placas tectônicas. “A crosta não é estática, ela é dividida em placas, como se a Terra estivesse envolta por um grande quebra-cabeça. Cada peça desse quebra-cabeça seria uma placa tectônica que está flutuando sobre o manto, mais precisamente sobre a astenosfera”, explica a professora.
Além deste fenômeno, outras movimentações também geram efeitos como os fenômenos naturais.
“Quando esse magma encontra uma fenda ou fissura ele extravasa na superfície terrestre através de um vulcão. Outra situação seriam os tsunamis, que são ondas gigantes, quando se aproximam da costa perdem velocidade e ganham altura, e que se formam a partir de um maremoto. Neste caso temos um fenômeno chamado abalo sísmico, do qual o epicentro encontra-se no fundo do oceano. O maremoto é provocado pelo movimento abrupto das placas tectônicas”, expõe Iandra Borges.