O Papa Francisco resolveu tomar as manchetes dos principais jornais do mundo ao soltar a frase: “Já há bichisse demais”, durante um seminário com bispos que participou no dia 20 de maio.
Na ocasião, a cúpula da igreja católica discutia a portas fechadas um tema que gera divisões: o o de homossexuais aos seminários.

Em contraste à posição aberta da igreja a diferentes orientações sexuais, que tem defendido em seu papado, o pontífice mostrou uma postura conservadora.
Ele disse ser contra a entrada de homossexuais nos seminários, onde, “já há demasiada bichice” (“C’è già troppa frociaggine”, na expressão em italiano).
Esse termo é considerado ofensivo para a comunidade homossexual.
Em suas frases o Papa Francisco costuma “causar” revolução, emoção, polêmicas e surpresas, principalmente.
Os discursos do argentino, primeiro pontífice não europeu em mais de 1.200 anos conseguem atingir até mesmo que não é católico.
Veja outras 10 frases polêmicas do Papa Francisco 9171e
1) “Os bons teólogos, como os bons pastores, cheiram o povo e a rua” 6m17
Em março de 2014, Francisco escreveu para o cardeal Mario Aurelio Poli, arcebispo de Buenos Aires pedindo que teólogos formados sejam capazes de “construir em torno de si a humanidade, de transmitir a divina verdade cristã em uma dimensão verdadeiramente humana, e não um intelectual sem talento, um moralista sem bondade ou um burocrata do sagrado”.
“Os bons teólogos, como os bons pastores, cheiram o povo e a rua e, com sua reflexão derramam vinho nas feridas dos homens”, escreveu.
2) “Católicos não precisam procriar ‘como coelhos’” 4or47
A respeito do controle de natalidade, temas levantados em sua visita às Filipinas, onde a igreja local se opõe a uma lei do governo que torna contraceptivos mais íveis, o pontífice falou:
“Alguns pensam, desculpem se uso a palavra, que para ser bons católicos temos que ser como coelhos, mas não”, disse o papa, acrescentando que a Igreja promovia a “paternidade responsável”.

Na ocasião, ele reafirmou proibição a métodos contraceptivos artificiais e acrescentou que existiam “muitas vias permitidas” de planejamento familiar natural.
3) “Se uma pessoa é gay e busca a Deus, quem sou eu para julgá-la?” 1v3lz
Durante seu voo de volta ao Vaticano após visita ao Brasil em julho de 2013, Francisco falou com os jornalistas sobre gays e a homossexualidade
O pontífice mencionou o Catecismo da Igreja Católica para reafirmar a posição de que a orientação homossexual não é pecado, mas os atos (como casamento) são. “Se uma pessoa é gay e busca a Deus, quem sou eu para julgá-la?”, indagou.

4) “Deus escolhe boas pessoas em todas as religiões” 3a4c35
Nos primeiros dias de 2015, o Papa Francisco surpreendeu novamente ao defender que a busca de Deus pelas boas pessoas “nunca tem fim”. Ele disse que compreende “homens e mulheres de todas as religiões e do mundo inteiro”.
O pontífice ressaltou que “aquele menino, nascido em Belém da Virgem Maria, veio para libertar não só o povo de Israel, que foi representado pelos pastores, mas também para a humanidade, representada pelos Magos vindos do Oriente”.
5) “Precisamos é de pontes, e não de muros” 2apc
Em comemoração ao 25º aniversário da queda do muro de Berllim, em novembro de 2014, Francisco pediu a “a construção de pontes e não de muros”, lembrando o papel de João Paulo II para o fato histórico, na Alemanha.
“A queda do Muro chegou de forma imprevista, mas foi possível graças ao longo e difícil compromisso de todas as pessoas que lutaram, rezaram e sofreram (…) Entre elas, o papa santo João Paulo II”, afirmou durante a oração do Ângelus na Praça de São Pedro.

Francisco rezou para que “se desenvolva cada vez mais a cultura do encontro, suscetível de fazer cair todos os muros que ainda dividem o mundo, e para que nunca mais os inocentes sejam perseguidos ou, às vezes, mortos por suas crenças e religiões”.
6) “Divisões na Igreja são obras do diabo” 1r3uh
Por conta da necessidade de unidade da Igreja e comunidades cristãs, o Papa Francisco discursou contra “intrigas, invejas e ciúmes”, em agosto de 2014.
“A divisão em uma comunidade cristã, em uma paróquia ou em uma associação é um pecado gravíssimo porque é obra do diabo”, declarou o pontífice.
Ele também lembrou que ao longo da história, os cristãos estiveram muitas vezes divididos como em ocasiões de guerras e lembrou que “isto não é cristão”.