O futebol caminha para mudar radicalmente em termos de competições. Isso porque as duas entidades mais fortes do esporte, Fifa e Uefa, preparam mudanças fortes no modelo dos torneios e até mesmo no intervalo de tempo entre as disputas. Além disso grandes clubes do futebol europeu trabalham no sentido de justamente reduzir o impacto dessas mudanças para eles. Hoje eles são muito prejudicados com o excesso de convocações para as seleções nacionais.

O assunto da vez é a possibilidade de a Copa do Mundo ar a ser disputada a cada dois anos, em vez de quatro. A Fifa busca apoio político para a ideia, que é liderada por Arsène Wenger, ex-técnico do Arsenal e atual Diretor de Desenvolvimento de Futebol da entidade. Nesta composição, as datas reservadas para as Eliminatórias diminuiriam.
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Atual dirigente da Fifa, Arsène Wenger lidera movimento para Copa do Mundo ar a ser disputada a cada dois anos. O projeto divide opiniões. Pep Guardiola, técnico do Manchester City, gosta da ideia. Ele deu opinião como “espectador”. Entretanto, o assunto encontra resistência de atores políticos importantes do futebol. A Uefa já fez uma forte crítica.
A entidade que representa a Europa já expressou que não gostou nada da ideia. Inclusive, deu a entender que pode até mesmo boicotar o evento, indicando que a Conmebol compartilha do mesmo pensamento.
Esta discussão sobre Copa do Mundo a cada dois anos surge em um momento em que os clubes expressam, cada vez mais, o descontentamento com o aumento de jogos de seleções. Ainda vem mais polêmica por aí.
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A indústria do futebol busca se aproveitar também do cenário das seleções. Uma tacada recente foi a Liga das Nações. O torneio ou a ocupar as datas que muitas das vezes eram de amistosos desinteressantes. Agora, tem mais um torneio à vera.
A Liga das Nações encorpou o calendário europeu de seleções. Além das Eliminatórias, a Eurocopa ocupa grande destaque, cada vez mais valorizada, e Liga das Nações vem crescendo.
Superliga no meio da confusão 6x6u3t

Um estrondo que virou recuo. A polêmica Superliga, que seria um novo torneio para bater de frente e superar a Champions League, ruiu rapidamente. Doze gigantes europeus se uniram. O projeto consistia em criar um torneio, com 20 times, que seria mais rentável do que a Champions. Entretanto, diante da repercussão negativa, os fundadores se retiraram. Os 12 clubes que encabeçaram o projeto foram: Atlético de Madrid, Barcelona, Real Madrid, Arsenal, Chelsea, Liverpool, Manchester United, Manchester City, Tottenham, Inter de Milão, Milan e Juventus. Além das críticas, entidades como a Uefa reagiram contra a Superliga. A debandada foi imediata. A ideia pode ter perdido fôlego, mas ainda é um sonho para alguns gigantes europeus. A pandemia fez com que o novo e turbinado Mundial de Clubes fosse adiado – ainda não há uma nova data prevista. O formato que a Fifa pretende utilizar envolve 24 clubes. A princípio, seriam oito times da Europa, seis da América do Sul e as demais para os outros continentes. O Mundial seria disputado a cada quatro anos e não mais anualmente.
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A ideia, claro, gerou crise. Os clubes europeus reclamaram para ter uma verba maior e até mesmo aumentar o número de vagas para times da Uefa. O Mundial atual contempla sete equipes, em formato mais enxuto.