O ato de racismo que marcou o jogo entre Brusque e Londrina na noite deste sábado (28) foi registrado na súmula da partida. A acusação partiu do meia Celsinho, que era opção no banco de reservas do Londrina.

Segundo ele, as ofensas teriam sido feitas por pessoas que estavam na arquibancada.
A súmula foi assinada pelo árbitro Fábio Augusto Santos Sá Júnior, os assistentes Cleriston Clay Barreto Rios e Daniel Vidal Pimentel, além do quarto árbitro Evandro Tiago Bender.
Veja o que foi descrito:
“Por volta dos 45 minutos do 1º tempo, o atleta do Londrina, sr. Celso Luis Honorato Júnior informou ao quarto árbitro que foi ofendido com as seguintes palavras: ‘vai cortar esse cabelo seu cachopa de abelha’, por um homem na arquibancada, que foi identificado pelo coordenador da CBF, sr. Ricardo Luiz, como Julio Antônio Petermann, staff da equipe do Brusque. Informo ainda que o referido atleta, juntamente com o diretor de futebol da equipe do Londrina, sr. Germano Cardozo Schweger, estiveram na porta do vestiário da arbitragem, após o término do jogo e confirmaram o relato acima”, diz o documento.

Repercussão 5qet
A acusação de racismo repercutiu na internet na noite deste sábado. Internautas questionaram o fato do Brusque ainda não ter se manifestado sobre a ocorrência.
Bonito o clube não se posicionar 👏👏👏 prova que a linha de pensamentos ai dentro é uma só! RACISTAS
— Alonso Neto (@Alonsoneto31) August 29, 2021
Vão fazer o que contra o torcedor racista de vocês?
— Dedei VACINA JÁ 💉 (@dedeibc) August 29, 2021
Não vão se pronunciar com o caso de racismo? Vergonhosa equipe
— BRI13350417 (@BRI13350417) August 29, 2021
Procurada pela reportagem, a assessoria do Brusque Futebol Clube informou que irá divulgar um posicionamento ainda neste domingo.
Sobre o caso 3o5k6i
Brusque e Londrina se enfrentaram no estádio Augusto Bauer, e ficaram no empate sem gols pela 21ª rodada do Campeonato Brasileiro da Série B.
Na volta do intervalo, o meia Celsinho relatou ao quarto árbitro ter sido chamado de “macaco” por pessoas que estavam na arquibancada. Ao final do jogo ele identificou uma pessoa, que seria dirigente do clube da casa.
“É uma pessoa de camisa vermelha. Ele pode ficar tranquilo porque vai responder por isso. Nós estamos em pandemia e não sei porque ainda deixam tanta gente entrar no estádio”, disse o meia Celsinho, que no segundo tempo entrou no lugar de Lucas Lourenço.
O suposto infrator estava vendo o jogo em um camarote, mas desceu na arquibancada, perto do túnel do Londrina e ainda discutiu com alguns jogadores paranaenses.