Rival do Brasil nesta sexta-feira, Camarões nem sempre decepcionou em Mundiais. Nos anos 90 uma seleção, formada em meados de 80, deu um verdadeiro show e virou uma paixão na Copa do Mundo da Itália, em 1990. Mas a história daquele torneio começa um pouco antes e com muitas emoções. O MAIS QUE UM JOGO vai contar tudo o que se ou com os Leões Indomáveis.

MAIS! e as últimas notícias do esporte
Camarões iniciou a trajetória nas Eliminatórias de maneira preocupante. Isso porque após a final da Copa Africana de Nações de 1988, triunfo de 1 a 0 sobre a Nigéria, o técnico francês Claude Le Roy pediu demissão. Ele aceitou proposta para dirigir Senegal.
MAIS! Elenco do Avaí vale mais do que seleções da Copa
A Federação Camaronesa de Futebol, por meio do seu presidente, Paul Biya, anunciou o substituto: o soviético Valeri Nepomniachi, que estava iniciando carreira. Mas ele conseguiu classificar os camaroneses para o Mundial.
– Foi uma Eliminatória complicada porque o antigo treinador era um ídolo nacional e os camaroneses ficaram abalados com sua saída. Mas o time era muito bom, jogadores comprometidos, e conseguimos nossos objetivos – disse ele.
Maradona sofreu na estreia 2m316b

Por um capricho do sorteio, Camarões ia fazer o jogo de abertura da Copa do Mundo contra a Argentinas de Diego Maradona, simplesmente a atual campeã. Os argentinos tinham um timaço com Rugerri, Basualdo, Burruchaga, Valdano e companhia.
MAIS !Números mostram que ex-Figueirense foi injustiçado por Tite
O jogo, no Estádio San Siro, em Milão, foi equilibrado, mas com os argentinos mais perto do ataque. No segundo tempo uma cabeçada de Omam-Biyik acabou supreendendo o goleiro Pumpido, que engoliu um frangaço.
Após o gol a Argentina pressionou ed Camarões chegou a ter dois jogadores expulsos. Mas conseguiu manter o resultado.
– Aquele jogo foi histórico, o nosso time praticamente sangrou em campo. Mas fez história – relembra Omam-Biyik.
MAIS! Príncipe de Gales gera polêmica na Copa
Na sequência do grupo Camarões derrotou a Romênia por 2 a 1 com dois gols do veterano Roger Milla, então com 38 anos. Ele tinha até se aposentado, mas decidiu retornar aos gramados para defender seu time na Copa.
Na última rodada Camaões apenas cumpriu tabela e foi goleada po 4 a 0 pela União Soviética.
Milla tirou onda com Higuita 1h5244

Nas oitavas de final Camarões teria uma seleção tão alegre quanto pela frente. Era a Colômbia do goleiro Higuita e do meia Valderrama. O jogo foi muito equilibrado e sem gols, indo para a prorrogação.
MAIS! Torcedor compra camisa da Seleção em site chinês e vira meme
No tempo extra Milla voltou a brilhar. No primeiro lanced driblou dois marcadores e chutou sem chances para o goleiro. Entretanto o pior para Higuita estava por vir. Ele tentou driblar Milla, acabou perdendo a bola e viu o veterano estufar as redes.
– Ali foi um jogo que me marcou para sempre, pela forma como as coisas aconteceram – relembrou Milla.
MAIS! As seleções mais caras da Copa do Mundo
Redín ainda descontou no fim do jogo. Mas era tarde para a reação colombiana.
Camarões caiu nas quartas 4i253h

Nas quartas de final era impensável vencer a Inglaterra de Gary Lineker, artilheiro da Copa quatro anos antes. Os africanos foram melhores, mas viam Platt abir o placar para os ingleses no primeiro tempo.
MAIS! Catar estaria comprando torcedores
Milla entrou em campo no segundo tempo e brilhou novamente. Primeiro sofreu pênalti convertido por Kundé. Depois deu e para Ekéké virar o marcador. Tinha tudo para ser o gol da classificação.
A Inglaterra estava apática em campo e Camarões cansava de perder gols. Mas aos 38 minutos Massing cometeu pênalti infantil e Lineker forçou a prorrogação. Os africanos sentiram o golpe e levaram o terceiro gol na prorrogação em outro pênalti convertido por Lineker.
MAIS! Argentina na Copa do Mundo rende memes
Apesar da eliminação Camarões fez história e aquele geração nunca será esquecida. O time-base que brilhou na Copa Africana e na Copa do Mundo tinha: Joseph-Antoine Bell (N’Kono); Tataw, Kundé, Ndip e Ebwellé (Charlie Ntamark); Massing (Onana), Kana-Biyik (Maboang), M’bouh, Makanaky e Mfédé (Roger Milla); Omam-Biyik. Técnicos: Claude Le Roy e Valeri Nepomniachi.