Mário Sérgio vive o Avaí de uma forma diferente antes da final do Catarinense 5v39a

O título do Campeonato Catarinense de 2025 pode fazer o Avaí se tornar o maior campeão do Estado, já que está empatado com o Figueirense em 18 conquistas. Em entrevista coletiva ontem, o lateral-esquerdo Mário Sérgio comentou que o clube como um todo tem feito um trabalho para que a taça seja mantida na Ressacada.

Autor de dois gols no empate em Xanxerê, que agora lhe conferem a possibilidade de ser apelidado de “Super Mário”, o jogador contou que o período de 25 dias que ficou sem jogar foi de preparação para retornar em grande estilo, mesmo que não imaginasse que teria um papel tão fundamental no primeiro jogo diante da Chapecoense. Aliás, o ídolo Marquinhos Santos, que está na comissão técnica do clube, ainda fez o jogador relembrar de uma situação:

“Fui com o pensamento de que me preparei, me dediquei ao máximo e não lamentei. Eu vinha fazendo um campeonato bem consistente, era o único atleta que tinha feito os 10 jogos inteiros até ter a lesão. Como o Marquinhos sempre fala pra nós, o Avaí tem 101 anos e não tem 101 títulos. A final é a chance de mais uma conquista, que ainda nos leva a ultraar o rival. Ter a oportunidade de entrar pra história foi a maior motivação que eu tive para viver esse momento (dois gols) bem feliz”.

Apesar de toda a euforia que o torcedor avaiano vive, com o clube alcançando a marca de 14 mil sócios pela primeira vez em um ano de Série B do Brasileiro e com todos os ingressos para sábado vendidos, Mário Sérgio reforçou que não tem nada ganho e que a decisão é realizada dentro do gramado. Segundo ele, o apoio da torcida será fundamental.

“O mais importante é viver o presente, um dia de cada vez, com trabalho. A gente vê que os grandes campeões conseguem manter, em momentos de decisão, aquilo que sempre foi feito. O que nos fez chegar na final foi uma sequência e o trabalho. É continuar acreditando nesse trabalho, controlando a ansiedade, e sabendo usar essa força – ingressos esgotados -, da torcida como um trunfo para nós que é jogar em casa. O trabalho de conclusão de curso do nosso fisiologista aqui do Avaí foi sobre a influência externa no GPS do atleta, o quanto o ambiente externo influencia nos números e dados. A gente sabe que essa força vai nos impulsionar para conquistar o melhor resultado”.

Mário Sérgio voltou com tudo 2y3b2j

Mário Sérgio jogou as 10 primeiras rodadas até se machucar. No período que ficou fora de combate, observou os companheiros e entendeu que está inserido em um novo contexto dentro do clube, como ele mesmo explicou.

“No período sem jogo eu mirava um para retornar bem. Hoje o clube oferece inúmeras condições para o atleta se manter em um alto nível de performance. Todo o ambiente e sistema de preparação física me fortaleceu para que quando voltasse tivesse o mínimo de dano. Uma das grandes forças nossas neste ano é que a diretoria, juntamente com a comissão técnica, buscou trabalhar com o elenco uma comunicação mais próxima, algo que foi construído junto. Essa interação, ao meu ver, é uma das grandes diferenças do nosso grupo”.

Nesse sentido, o jogador afirmou que tem tido a oportunidade de crescer profissionalmente, já que o clube tem adotado um modelo que agrega jogadores, comissão, funcionários e diretoria.

“É um clube que me incentiva a viver o ecossistema, você não quer fazer parte só do vestiário. Vejo uma tentativa de juntar as partes e ver o Avaí acima de todos. Aprendi muito a conseguir fazer um trabalho além do meu, em como fazer o clube avançar”.

No fim da entrevista, antes do penúltimo treino, Mário Sérgio ainda falou do pedido do filho: “Meu filho tá me falando pra eu fazer gol de cabeça. Se Deus quiser vai sair mais um e vamos trabalhar bem para conseguir marcar”.