A obra de alargamento da Praia Central de Balneário Camboriú será inaugurada neste sábado (4), marcando o fim de um processo que começou já na década de 1970, e foi concluído em outubro deste ano. A nova praia de Balneário Camboriú promete ser o ponto mais visitado da cidade nesta temporada.

“Esta é a conclusão de uma obra histórica e exitosa em todos os sentidos, que está servindo de incentivo e farol a obras de proteção costeira em todo Brasil. Foi uma obra rápida e muito bem executada que realizou o sonho acalentado pela população de Balneário Camboriú por décadas”, comemora o prefeito, Fabrício Oliveira (Podemos).
“Muitos achavam que era irrealizável, ou ficção, mas está aí o resultado, maravilhoso e realizado, a nova Praia Central de Balneário Camboriú, a renovação do nosso cartão-postal primeiro, convidando as pessoas e se transformando num dos principais atrativos, entre tantos, para a retomada da economia e para a supertemporada 2021/2022”, finaliza.
As conversas começaram quando as ressacas que ultraavam a areia e invadiam a Avenida Atlântica começaram a se tornar cada vez mais frequentes, nos anos 1970. Uma das soluções encontradas para resolver esse problema foi aumentar o espaço da areia, o que ainda daria mais espaço para os banhistas.
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Um projeto do geólogo costeiro Ricardo Ayup-Zouain foi apresentado só em 1990, mas o estudo de viabilidade era muito caro. Em 1994, a Univali realizou os primeiros estudos e pesquisas sobre o ambiente costeiro e o alargamento da praia.

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A cidade cresceu, ainda mais para cima. Os prédios ficaram cada vez mais altos e a sombra começou a tomar a praia. Em 2000, o INPH (Instituto Nacional de Pesquisas Hidráulicas) apresentou uma proposta técnica para o alargamento e o assunto começou a ganhar espaço na mídia local, e a sombra dos prédios foi um dos motivos para a popularidade do assunto.
Em 2001, um plebiscito foi feito para saber a opinião da população sobre a obra. A maioria da população votou a favor da obra, com 4.752 votos contra 1.759 contrários.

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A LAP (Licença Ambiental Prévia) só foi concedida em 2018. Ao todo, foram 6 licitações para atender 42 condicionantes ambientais.
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O edital para a obra de recuperação foi lançado em 2019, e em 2020 o consórcio DTA/Jan de Nul foi anunciado como o ganhador da licitação. No mesmo ano, a LAI (Licença Ambiental de Instalação) foi concedida, o que possibilitou o início das obras. Com R$ 85 milhões orçados, o contrato foi assinado por R$ 66,8 milhões.

A obra só começou em março de 2021, com a chegada dos primeiros tubos para montagem da estrutura. O local escolhido como canteiro de obras foi o Pontal Norte, que se tornou praticamente um ponto turístico.
A grande estrela da obra, a draga Galileo Galilei, chegou em 22 de agosto, vinda do Oriente Médio. Foi quando a areia de uma jazida a 15 Km da costa começou a ser colocada na praia. Em pouco tempo, o cenário mudou: a praia ficou maior e particularidades como aparecimento de tubarões e pessoas ficando presas na areia começaram a acontecer.

Reestruturação da orla não acabou 715c5f
Depois da temporada, começa uma nova etapa da reestruturação da orla. Com o objetivo de recuperar a estrutura que a praia tinha antes, mais de 33 mil mudas de cerca de nove espécies de plantas de restinga devem ser plantadas na orla.
Segundo a secretária do Meio Ambiente de Balneário Camboriú, Maria Heloisa Furtado Lenzi, a escolha das plantas que vão compor a restinga leva em consideração o sombreamento da praia, que, em Balneário Camboriú, acontece por volta das 15h.