Além da visita à Blumenau para anunciar recursos federais para os municípios atingidos pela chuva em Santa Catarina, a comitiva comandada pelo ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes (PDT), também esteve presente em Rio do Sul e Taió nesta quarta-feira (11). Pelo menos R$ 51,2 milhões já estão garantidos.
Rio do Sul, no Alto Vale, é uma das cidades mais afetadas – Foto: Marco Favero /DIVULGAÇÃO/SECOM/Waldez sobrevoou sobre a região que sofre com as cheias e que ainda se encontra embaixo d’água.
Em Rio do Sul, ele enfatizou que o Governo Federal trata a situação no Estado como prioridade e agora, novamente, voltaram a dialogar sobre as políticas públicas voltadas aos casos de ocorrências causadas por eventos climáticos.
O ministro ainda citou que desde a última quarta-feira (4), os governos vêm atuando no monitoramento e nas divulgações sobre as previsões para Santa Catarina. A ajuda humanitária é um dos recursos desenvolvidos para ajudar as famílias atingidas pelas fortes chuvas.
“Nós estamos prontos para atender 100% das necessidades previstas nesses planos de ajuda humanitária, reestabelecimento e reconstrução. 82 municípios já foram inicialmente reconhecidos por nós em situação de emergência e nós vamos atualizar o decreto federal. Os planos entrando a gente já vai liberando os recursos”, destacou.
Sobre o plano de reconstrução, o ministro explica com base em uma situação que presenciou em Blumenau, onde um ponto da cidade foi atingido por deslizamento e assustou moradores.
Waldez Góes se reuniu com Jorginho Mello – Foto: Gabriela Szenczuk/NDTV“Hoje eu visitei em Blumenau uma área que foi destruída um eio público, caiu encosta, quase desabou casa, e ali cabe um plano de reconstrução. Se tiver 10 daqueles, serão 10 planos de reconstrução”.
O que ministro Waldez anunciou em SC 3c7166
- Reconhecimento da situação de emergência dos municípios
- Ree de R$ 1,2 milhão ao governo do estado para atendimento à população da Terra Indígena Laklãnõ Xokleng, em José Boiteux.
- Novos rees nos próximos dias, conforme os planos de trabalho forem apresentados pelos municípios atingidos.
- Fornecimento de kits de insumos e medicamentos via Ministério da Saúde
- Antecipação de benefícios a famílias afetadas através do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome.
- Liberação de R$ 50 milhões do Fungetur (Fundo Geral do Turismo) para o restabelecimento de empresas do setor, como bares, hotéis e restaurantes.
Projetos de prevenção tcq
A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva (Rede-SP), também integra a comitiva junto do secretário Nacional de Proteção de Defesa Civil, Wolnei Aparecido Wolff Barreiros e do diretor-presidente do Sebrae Nacional, Décio Lima (PT).
Marina explica que neste primeiro momento o trabalho foca na ajuda humanitária realizada nas regiões afetadas. Em segundo vem as medidas emergenciais mais estruturantes e em terceiro, as ações preventivas.
“No caso de medidas emergenciais estruturantes, o governador (Jorginho Mello) já vinha falando conosco sobre esse projeto e pode ser trabalhado para a implementação. Na parte da prevenção, é a gente ter consciência que nós temos um cruzamento muito perigoso de El Niño com mudança climática. Esses dois fatores potencializam eventos extremos, seja de seca ou cheias”.
De acordo com a ministra, o projeto estruturante é trabalhado com base em evidência e estudos técnicos científicos que dão conta de uma série histórica de 12 anos de monitoramento.
“Nós temos 1038 municípios que são vulneráveis a eventos extremos climáticos. Dentro destes, 40 mil pontos de vulnerabilidade, abrange cerca de 10 milhões de pessoas no país inteiro”, disse Marina.
Ela também falou sobre a formação do plano de prevenção com os ministérios, decretando emergência climática em todos os municípios vulneráveis, para que sejam disponibilizados recursos que sejam continuados no orçamento público federal do estado e do município.
“A gente não pode achar que isso é uma anormalidade, infelizmente isso é o novo normal. Esses eventos vão se intensificar e nós não temos o direito de a cada ano, não pensar em como prevenir essas situações”.
