
Para evitar tragédias e transtornos à população em razão das chuvas, a Prefeitura de Palhoça intensificou a operação de limpeza. Uma grande força-tarefa foi montada para garantir que o próximo período chuvoso não seja um momento conturbado para os moradores da cidade. O planejamento sofreu alterações após alagamentos, danos em residências e outros danos gerados pelas inundações no começo do ano.
Nos últimos meses, a prefeitura mobilizou 30 equipamentos e foram limpos mais de 27 quilômetros de rios e valas da cidade. Foi realizada, também, a revisão de 200 ruas e bocas de lobo foram desobstruídas para permitir a agem da água. Entre os equipamentos utilizados estão escavadeiras, escavadeiras de braço longo e retroescavadeiras. Ao todo, são mais de 130 pessoas envolvidas para o trabalho de limpeza, desobstrução de valas e rios e estudos para solução de macrodrenagem, que já ou pelos bairros Centro, Frei Damião, Jardim Eldorado, Brejaru e agora se prepara para ser deslocado para a Guarda do Cubatão.
Entre as últimas horas de 2022 e as primeiras horas deste ano, choveu na cidade 400 milímetros. Esse número é inédito, pegou a população, o poder público e especialistas de surpresa e obrigou mudanças no planejamento, para enfrentar este tipo de situação e melhorar a prevenção, a fim de proteger os munícipes.
Naquele momento, a prefeitura e os entes do poder público prestaram o auxílio necessário e mobilizaram todos os esforços para atender os moradores. A cena que mais gerou comoção foi o resgate de crianças próximo ao prédio da prefeitura.
“O helicóptero da Polícia Militar trouxe 4 crianças, todas molhadas. Eles tinham acabado de ar por um resgate, quando foram encontrados no teto de uma casa. Quando essas crianças chegaram, elas estavam famintas. Não sabíamos há quantas horas elas estavam sem comer, mas a gente dividiu tudo o que tinha aqui, que restava das horas de trabalho, que as equipes haviam ado e deixado. Demos pão, café, água e um lugar para ficarem confortáveis e quentes. Foi a cena mais impressionante que eu presenciei”, afirmou Júlio Marcelino, coordenador da Defesa Civil de Palhoça.
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Agora, o trabalho é prevenir para evitar que cenas como aquela se repitam. De acordo com a Defesa Civil, historicamente, Palhoça registra uma combinação nociva aos moradores: chuva forte e maré cheia. Por causa dessa especificidade, o caminho por onde a água a precisa ser todo revisto. Para minimizar o impacto e evitar que fenômenos imprevisíveis se repitam, a Prefeitura de Palhoça prometeu alargar as valas e extrair o que estiver impedindo o curso da água.
“a por Palhoça toda a chuva que cai na Serra mais próxima, de Santo Amaro, de São Pedro de Alcântara. Toda chuva de lá encontra o mar em Palhoça e isso não conseguimos calcular. Somos a ponta de um ciclo importante, por isso precisaremos trabalhar pelo bem de todos e rezar que seja um fato na história da cidade, mas apenas um”, completou Júlio.