A obra de dragagem do Rio Itajaí-Açu, em Rio do Sul, no Alto Vale do Itajaí, acontece desde segunda-feira (10), e alguns itens inusitados foram retirados do leito do rio.

Além dos diversos pneus e todo o tipo de lixo, aparelhos eletrônicos como geladeira e televisão foram encontrados pela equipe que conduz as obras.
O chefe do executivo estadual, Jorginho Mello, ressalta a importância de cuidar da natureza. Ele pede que evitem jogar lixo nas ruas, porque são materiais que depois acabam entupindo bueiros e indo para os rios.

Dragagem do rio Itajaí-Açu 4s5f4q
Essa fase do projeto prevê o desassoreamento de 8,2 km, de forma que melhore as margens e tenha uma recomposição da mata ciliar.
“Esse é um grande projeto e estamos cheios de esperança de que vamos aliviar o sofrimento de quem vive na região do Médio e Alto Vale e, com recorrência, vem sendo atingido por enchentes”, comenta o governador do Estado, Jorginho Mello.

O investimento total do Governo catarinense para o serviço será de R$ 16,2 milhões.
A previsão do governo é que a obra dure aproximadamente seis meses. Até lá, quatro equipamentos de trabalho estarão na água, cada um deles com uma retroescavadeira hidráulica, a plataforma, um rebocador e uma balsa contêiner.
Cada balsa comporta aproximadamente 80 metros cúbicos do material a ser retirado: pedra, areia, madeira, árvores e, eventualmente, lixo.

O secretário de Estado da Proteção e Defesa Civil, Fabiano de Souza, explica que, ao contrário do senso comum, esse tipo de serviço não pode ser feito com dragagem de sucção, como visto em praias, por exemplo.
“Para um trabalho efetivo em leito de rio, principalmente que sofreu com inundações, inevitavelmente quando falássemos de desassoreamento, uma draga por sucção, não faria o serviço completo e sem dúvida nenhuma teria ainda muito problema com o equipamento”, explica o secretário.

“O correto é utilizar uma retroescavadeira hidráulica, porque ela precisa fazer a remoção não apenas de areia, mas solo e materiais sólidos”, completa.
Ainda conforme o governo do estado, já é possível ver a primeira área que ou pela limpeza.

A ação, feita por equipamento em terra, é necessária porque muita vegetação que se desenvolve por lá não consegue se manter durante fortes chuvas ou enchentes. É uma vegetação que acaba se quebrando e sendo levada para dentro da água.
Estudo desenvolvido pela Jica yk4w
O estudo desenvolvido pela Jica (Japan International Cooperation Agency) foi o que deu origem ao plano diretor de mitigação de inundações.
O documento sugeria apenas a ação de melhoramento de margem em cinco pontos da área urbana de Rio do Sul, nos 8,2 km contemplados.

Mas, segundo o Estado, o que está previsto para ser feito agora, por determinação do governador Jorginho Mello, abrange muito mais do que o indicado pelo estudo.
“Esse serviço que está sendo desenvolvido na área urbana de Rio do Sul, envolve tudo isso que estava previsto inicialmente nos estudos da Jica e nos projetos posteriores, mas também e, principalmente, o desassoreamento de todo o trecho de 8,2 km, sendo 4,5 km no rio Itajaí-açu, 3 km no Rio Itajaí do Oeste e 700 metros no rio, Itajaí do Sul”, conclui Fabiano.
