Moradores e turistas se deslocam entre o centrinho da Lagoa da Conceição e a Avenida das Rendeiras, em Florianópolis, através da antiga ponte do bairro. Ela também faz parte do trajeto para chegar em praias como a da Joaquina e a Mole. A estrutura tem 1,8 metro e vão livre de 8 metros.

Pelo projeto da prefeitura, ao lado da ponte antiga, será feita uma nova com 6 metros de altura, três vezes mais que a atual, e vão livre de 30 metros. Depois, a atual ponte vai ser demolida. A proposta deve ajudar a minimizar dois problemas recorrentes na região.
Segundo o secretário de Infraestrutura de Florianópolis, Valter Gallina, “ela vai melhorar em todos os aspectos. Na mobilidade, na qualidade de vida, na sua largura, na sua fluidez, na oxigenação. É tudo”.
A obra é um pedido antigo de quem vive na região. Mas, segundo a associação dos moradores da Lagoa, faltou transparência da prefeitura com a comunidade.
O diretor da Amolagoa (Associação dos Moradores da Lagoa da Conceição), Carlos Roberto Guzzo da Cruz, disse que “ficou sabendo pela imprensa desse atual projeto, sem detalhamento nenhum. Não estão claras as questões de pra onde vai a areia desse aterro aqui, as indenizações que terão que ser feitas. Já começaram as conversações com os proprietários dos terrenos, das construções que tem ali? Nada disso foi debatido e discutido”.
O empresário Marcelo Cabral está preocupado com o andamento e a qualidade da obra. Ele tem uma escola de stand up paddle na Avenida das Rendeiras.
O empresário acredita que irá “perder pelo menos duas temporadas. A gente sabe que quando tem obra fica um caos, é trânsito, é fila, é confusão. Então, o nosso maior problema é esse, é a execução. Eles dão um prazo e, geralmente, o prazo fica duas, três vezes maior e a gente nunca sabe se vai sair exatamente como tá no papel. Na Rendeiras, por exemplo, não saiu”.
O edital de licitação foi lançado no dia 22 de fevereiro. A expectativa da prefeitura é concluir o processo no dia 24 de março. Conforme a Secretaria Municipal de Infraestrutura, a obra está orçada em R$ 46 milhões, mas com a licitação o Município pretende reduzir esse valor para R$ 40 milhões. Depois de homologada a empresa vencedora, o prazo para construir a nova ponte é de dois anos.
A prefeitura ainda precisa conseguir a licença ambiental prévia do IMA (Instituto do Meio Ambiente de Santa Catarina). Caso contrário, a obra não pode começar.
De acordo com o secretário Gallina, a prefeitura já “entregou ao IMA o licenciamento ambiental. Já conversei com o presidente do IMA e ele nos autorizou já a fazer a licitação, porque tá muito bem encaminhado”.
O IMA informou que o processo de licenciamento está em análise e que nas próximas semanas a equipe técnica deve emitir informações sobre o projeto e solicitar complementação de documentos para emitir o parecer técnico definitivo. Mas não há prazo para isso.
Confira mais informações na reportagem do Balanço Geral Florianópolis!