Após a obra de alargamento na Praia Central de Balneário Camboriú, que ficou famosa pela transformação na orla e também pelas polêmicas, mais uma praia catarinense deve ser alargada. Estamos falando de Itapoá, no Litoral Norte de Santa Catarina.
Com cerca de 21 mil habitantes, conforme estimativa do IBGE, a cidade sofre com a erosão marítima. Prova disso é que está em situação de emergência pelos estragos causados pela ressaca, que afetaram ruas em pelo menos duas regiões da cidade neste ano.

É justamente para engordar a faixa de areia e evitar novos estragos que o alargamento será feito. Aliás, a obra apresenta um fator inédito no Brasil: o material usado será retirado de uma dragagem feita para o aprofundamento e alargamento de um canal marítimo no Porto de São Francisco do Sul, cidade vizinha a Itapoá.
A profundidade do canal ará de 14 para 16 metros, permitindo a navegação de embarcações de até 366 metros. Se não fossem destinados à obra na faixa de areia de Itapoá, os detritos acabariam sendo encaminhados para um “bota-fora marinho”.

O acordo para a obra foi assinado na última quinta-feira (9), entre o porto e a prefeitura de Itapoá. Serão 15 milhões de metros cúbicos do material retirados do canal de o à Baía Babitonga e destinados para o engordamento da faixa de areia.
“Esta obra pioneira é aguardada há mais de uma década por toda a comunidade itapoense, por causa dos inúmeros ganhos econômicos e sociais que trará para o município”, disse Marlon Neuber, prefeito de Itapoá. A obra está orçada em R$ 215 milhões e deve ser iniciada assim que a autorização do Ibama for emitida.