A revitalização da ala leste do Centro Histórico de Florianópolis segue sendo executada nesta sexta-feira (13), apesar do imbróglio envolvendo o Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional).

O obra começou na última terça-feira (10), mas no entendimento da superintendência do Iphan em Santa Catarina ainda faltam informações complementares para dar continuidade ao trabalho.
Segundo a superintendente do Iphan-SC, Regina Helena Meirelles Santiago, foi realizada uma reunião entre as equipes da superintendência e da prefeitura na manhã desta sexta-feira (13) para agilizar a apresentação de informações. Disse ainda que a prefeitura irá encaminhar os documentos indicados nas próximas horas e o Iphan emitirá parecer conclusivo nesta tarde.
A prefeitura de Florianópolis alega, por sua vez, que já enviou a documentação referente às obras do Centro Leste para o Iphan e possui aval das entidades necessárias para início das obras.
Conforme a prefeitura, o trabalho está sendo executado exclusivamente na rua João Pinto neste primeiro momento. Atualmente, estão sendo retiradas as calçadas. Os paralelepípedos retirados foram levados para limpeza e, posteriormente, serão recolocados com nivelamento adequado, garantindo ibilidade.
A placa com informações a respeito da revitalização está sendo elaborada e será colocada no local assim que finalizada.
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Demanda antiga 41o3q
A obra é uma demanda antiga dos comerciantes da região, mas alvo de polêmicas há meses. A Prefeitura de Florianópolis quer executar a revitalização, mas não atende, na íntegra, as exigências do Iphan-SC e da FCC (Fundação Catarinense de Cultura).
O Iphan vistoriou os trabalhos, na quinta-feira (12) e como não recebeu informações detalhadas da obra, que foram solicitadas à prefeitura, ainda não emitiu parecer definitivo liberando a revitalização.
A área Leste do Centro Histórico e o entorno da praça 15 ficam no próximos de bens tombados, conforme a portaria Iphan 500/2014, por isso, o órgão protege o local.
José Milton Hoffmann, 60 anos, é um dos comerciantes mais antigos da região. Ele tem um bar há 37 anos na João Pinto. “Estou contente, porque parece que a coisa vai funcionar. Eu já vendi casa e apartamento para manter esse comércio. Estou acreditando. Vamos ver se eles vão realmente concluir essa obra”, salientou Hoffmann.
“Essa rua está muito complicada, o pessoal caía direto, porque tem pedras que são mais altas. Já socorri muita gente aqui. Caiam, batiam a cabeça, a gente estava muito preocupado”, completou.