O porto de Itajaí já foi o mais movimentado do litoral catarinense, com função vital nas exportações de produtos em contêineres. Há mais de um ano enfrenta graves problemas de infraestrutura e continua parcialmente parado.

De acordo com avaliação de empresários e técnicos em atividades portuárias, Itajaí perdeu a grande chance de reativar totalmente e expandir suas atividades em 2022, com a proposta de privatização.
Políticos com interesses na manutenção do sistema público, incluindo o prefeito Volnei Morastoni(MDB), trabalharam contra o projeto.
O resultado é dramático. Desde novembro de 2022 não há mais movimento de carga em navios de contêineres. Enquanto isso, a Portonave, privatizada e em expansão, desponta hoje como o segundo maior porto do Brasil em operação de contêineres. E Itapoá, também particular e mais recente, já está na quarta posição em todo o país. E os dois, somados, representam 22% de todo o movimento portuário brasileiro.
O secretário Nacional dos Portos, Alex Sandro de Ávila, esteve visitando os portos de São Francisco do Sul, Imbituba e Itajaí. Durante ampla reunião em Itajaí, os dirigentes da Mada Araújo Asset Management, a vencedora da licitação realizada pelo governo federal, pediram ampliação do prazo para início de operações. Quer mais 100 dias para o processo de alfandegamento.
O problema é que esta empresa, especializada em investimentos, não tem “expertise” no setor portuário. E o maior desafio do complexo portuário de Itajaí está em obras inadiáveis na Bacia de Evolução. E a empresa também não tem plano e recursos para execução do projeto.
Há algum tempo que a economia de Itajaí e região se ressente das indefinições e protelações no reinício efetivo das operações do porto.
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