As indefinições parecem ter parado na fila do trânsito em Palhoça. O município, que já decretou situação de emergência pela falta de mobilidade urbana, recebeu notícia negativa nesta semana. O projeto para a obra de pavimentação da terceira faixa na BR-101 foi rejeitado pela ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres).
De acordo com o prefeito Camilo Martins, em reunião na ANTT foi informado que o projeto apresentado pela concessionária Arteris Litoral Sul não atende às normas técnicas da agência.
“É uma triste notícia para os palhocenses e para todos os moradores da Grande Florianópolis. Não vamos aceitar mais esse desrespeito com a nossa cidade”, assevera Martins.
Em fevereiro ado, o prefeito decretou situação de emergência pelas inúmeras dificuldades enfrentadas diariamente pelos moradores do município. Os problemas de mobilidade não afetam somente quem precisa ar a rodovia federal. Seja no trânsito do centro ou dos bairros próximos, o tráfego não tem fluidez.
Para o prefeito, nas atuais circunstâncias a terceira faixa resolveria grande parte do problema. “Costumo dizer que a terceira faixa na 101 é mais importante que o próprio contorno viário. Com ela o trânsito não ficaria parado como fica hoje e é uma obra muito menor que o contorno”, afirma.
Providências
A prefeitura de Palhoça, segundo Martins, vai cobrar na Justiça celeridade à concessionária para que apresente o projeto adequado e assim as obras sejam executadas sem mais demora. “Vamos pedir que a concessionária apresente um cronograma e que sejam aplicadas multas em caso de descumprimento”, detalha.
Contraponto
Em nota, a Arteris Litoral Sul afirma que não há falhas no projeto da terceira faixa norte na Grande Florianópolis e de que está discutindo em conjunto com a ANTT a questão orçamentária do projeto.
Na região, aponta a Arteris, por determinação da Polícia Rodoviária Federal só é permitido trabalhar no período noturno para evitar transtornos aos usuários, e que isso onera os custos de execução.
De acordo com a concessionária, a obra não está prevista no contrato de concessão, porém, a empresa tem interesse em realizar os trabalhos para melhorar as condições de trafegabilidade no local.
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