São José 2050: foco nas pessoas e no desenvolvimento sustentável 665e2j

Em entrevista exclusiva, o prefeito Orvino Coelho de Ávila elenca os feitos do trabalho realizado desde 2021, além de abordar futuras entregas 466022

Escolhido pelo eleitor de São José para mais quatro anos de mandato, de 2025 a 2028, o prefeito Orvino Coelho de Ávila (PSD) é um campeão das urnas. Após dez mandatos na Câmara de Vereadores, chegou ao Executivo em 2021 e agora ajuda a construir as bases da cidade para 2050.

O prefeito de São Jose, Orvino Coelho de Ávila – Foto: PMSJ/NDO prefeito de São Jose, Orvino Coelho de Ávila – Foto: PMSJ/ND

Enquanto vereador, votou pela aprovação do Plano Diretor de 1985, agora, como prefeito, priorizou a atualização das diretrizes e conseguiu entregar o novo modelo à cidade. O segundo governo de Orvino ainda está começando, mas ele já tem o que apresentar.

Nesta entrevista, aborda temas sensíveis, como a renovação do contrato com a Casan e a ampliação do ensino integral. Revela também qual deve ser a prioridade do município em mais uma gestão ao lado de Michel Schlemper. Confira a entrevista:

Qual a principal área em que São José deve focar para ser uma cidade referência em 2050?

Ser gestor de um município do porte e da diversidade econômica de São José é um desafio que encaramos de frente e com responsabilidade. Atuamos com obras estruturantes, com ampliação da malha viária e da rede de ensino e atenção à saúde.

Em outra frente, buscamos modernizar o licenciamento de novas construções em negócios em São José, atraindo investimentos e empregos. Tudo isso pensando em quem escolhe São José para construir a vida.

Esperamos mais que dobrar o número de moradores nos próximos 25 anos, e estamos planejando a cidade para isso. Portanto, se precisasse elencar uma área, diria que nossa prioridade são as pessoas.

Quais são as principais mudanças do novo Plano Diretor que vão contribuir para o desenvolvimento da cidade?

O novo Plano Diretor foi elaborado a muitas mãos, com participação popular. Nós buscamos definir as áreas para as quais a cidade deve se expandir. São diversas mudanças, mas podemos destacar a segurança jurídica. Os empreendimentos de grande impacto devem promover audiências para apresentar EIV (Estudo de Impacto de Vizinhança), com as contrapartidas para mitigar efeitos no trânsito e na densidade populacional, por exemplo.

Temos aumento do limite de pavimentos em ruas estratégicas para o crescimento, ao mesmo tempo que deslocamos as grandes construções para fora de vias mais saturadas. O Plano Diretor se tornou um documento de diretrizes, enquanto a Lei de Ordenamento de Uso e Ocupação do Solo vai informar ao pequeno e ao grande construtor as regras. É clareza, segurança e agilidade para o licenciamento, porque o município fornece a análise de viabilidade em até 24 horas.

Na mobilidade urbana, qual obra já entregue considera que alterou a realidade do município para melhor?

Não diria uma obra em específico, mas o conjunto das novas avenidas que formam o anel viário interno. Aí consideramos a avenida BeiraRio, a ligação entre Areias e Potecas, a conexão entre os loteamentos Lisboa e Recanto da Natureza e, mais recente, a nova ligação entre os loteamentos Nova São José e o Portal da Colina. Conectamos regiões, aproximamos bairros e possibilitamos que o motorista não precise da BR101 para os deslocamentos diários.

Quais obras em fase de projeto, ou já avançando, têm potencial de melhorar ainda mais a mobilidade urbana e por que confia nisso?

Certamente a avenida Beira-Mar de Barreiros será um grande avanço para São José e para toda a Grande Florianópolis. Já obtivemos a LAP (Licença Ambiental Prévia), estamos com financiamento internacional garantido e nos preparamos para lançar a licitação das obras.

Na educação, como está a oferta de ensino integral? Está em nível satisfatório? Há um plano para ampliação?

Nós ampliamos a oferta de ensino integral, alcançando mais estudantes e mais bairros. Considerando educação fundamental e infantil, além de vagas integrais em escolas conveniadas e instituições filantrópicas, são mais de 5.300 alunos atendidos. Essa ampliação caminha em conjunto com a ampliação de vagas com a abertura de novas unidades, com o CEI Solemar e o complexo escolar do José Nitro, que está com a estrutura avançada.

No saneamento básico, estão satisfeitos com os serviços da Casan? Considerando que o contrato está perto de vencer, quais serão as imposições da prefeitura para renovar?

Estamos atentos ao assunto, priorizando o interesse da população. Recentemente, notificamos a Casan duas vezes em menos de dez dias por rompimento de adutoras. Também cobramos ativamente a conclusão das obras da ETE (Estação de Tratamento de Esgoto), em Potecas, onde o atraso da Casan prejudica os moradores com forte odor. Estamos em tratativas com o Estado para buscar a melhor solução.

Em que fase está a ideia de uma marina e outros equipamentos de lazer na Beira-Mar de São José?

Lançamos duas propostas de manifestação de interesse, as PMIs, para ouvir a iniciativa privada sobre o melhor modelo para concessão da exploração da atividade de marinha e do complexo de lazer da Beira-Mar. É o início de um grande projeto de requalificação desta região. A cidade foi se desenvolvendo de costas para a Beira-Mar, e agora buscamos levar mais estrutura para a orla por meio de parcerias público-privadas.

Qual foi a maior contribuição que o senhor acredita ter dado para São José de 2050?

Tudo que conquistamos desde o primeiro mandato foi trabalho de uma grande equipe, até o atendimento ao cidadão na ponta. Quando chegamos, em 2021, encontramos uma São José sem projetos. Com muito fôlego e trabalho, estamos colhendo os frutos do que começamos há quatro anos. Tenho uma vida dedicada a São José e seguirei honrando a confiança dos moradores no nosso projeto de cidade.

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